O comerciante espancado por ladrões no Centro de Belo Horizonte contou, em entrevista à Itatiaia nesta sexta-feira (4), que a correntinha alvo dos criminosos não é de ouro, custou R$ 15 e foi comprada em uma feira de Aparecida do Norte (SP), cidade que recebe milhões de católicos para celebrações dedicadas à padroeira.
O homem, de 56 anos, diz se sentir humilhado e com medo. Ele também elogiou a atuação da Polícia Militar, que prendeu dois dos quatro agressores e recuperou o celular e a correntinha de ‘aço cirúrgico’.
O roubo seguido de
“Chegaram pulando em mim e dizendo ‘perdeu, perdeu’. Não tive como reagir, porque eram quatro de uma vez. Eles ficaram dando murro em vários lugares, um puxando a minha perna e não deu para reagir. Eles levaram meu celular e a minha correntinha”, diz o comerciante, que não será identificado.
Para ele, os bandidos foram atraídos pela correntinha dourada, mas se engaram. “Fui em Aparecida do Norte e comprei a correntinha em uma feira por R$ 15. Foi bem baratinha. Eles confundiram com ouro, mas é não é nada de ouro. É de aço cirúrgico”, contou.
A vítima diz que foi ao Centro para tirar uma nova carteira de identidade. “A gente se sente inseguro, mas, graças a Deus, os policiais chegaram na hora, fui bem atendido, me socorreram, me deram um apoio moral e tudo”.
‘Covardia’
Um vídeo cedido à Itatiaia pela página Coma Bem BH mostra que um dos bandidos continuou as agressões mesmo após os comparsas se afastarem. O comerciante explica o que ocorreu.
“Ele ficou meio invocado porque, na hora que ele caiu, acho que ele machucou o braço. E ele queria levar meu tênis também. E aí ficou dando sapatada no meu braço, porque eu estava me defendendo dele. Ele estava agindo com covardia, porque que ele já tinha levado meus bens já”, disse.
Apesar da violência, o trabalhador disse que teve apenas escoriações. Ele foi atendido no Pronto-Socorro do Hospital Odilon Behrens, passou por uma tomografia e nenhum problema foi identificado.
“Fica um trauma. Agora tem que andar arisco, porque eles tomaram conta”, alerta o comerciante, que ainda comentou a atitude de quem filmou as agressões. “As pessoas que estavam ao redor ficaram sem reação, com medo de apanhar também”, concluiu.