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Agressor sabia que não era bebê reborn, diz advogado da família de criança agredida

Advogado da família disse que agressor chegou a brincar com a criança e que bebê chegou a sorrir para o homem

A avó da bebê de 4 meses agredida em Belo Horizonte, após ter sido supostamente confundida com um “bebê reborn”, deve prestar depoimento nesta terça (10). O incidente, que chocou a capital mineira na última quinta-feira (5), ganha novos desdobramentos, com o advogado da família reafirmando que o agressor sabia que a criança era de verdade.

O agressor de 36 anos chegou a ser preso, mas foi liberado após passar por audiência de custódia. A defesa do homem alega que ele teria confundido a criança com uma boneca, versão que é contestada pelos advogados da família.

Segundo o advogado dos pais da bebê, Marcos Vinícius Cardoso, a situação aconteceu após um culto religioso no bairro Cabana. Ainda conforme a versão apresentada pelo profissional, a família decidiu fazer um lanche em um Food Truck famoso nas redes sociais, na Praça da Savassi. Enquanto terminavam o lanche, o agressor teria se aproximado e interagido com a bebê, que estava no colo do pai. “Olha que gracinha, sua filha, que linda”, teria dito o homem, e a criança chegou a sorrir e interagir com ele.

Em seguida, o agressor teria perguntado ao pai: "É um bebê reborn?”. O pai respondeu: “não é minha filha?”. Conforme Cardoso, a interação e pergunta foram repetidas por três a quatro vezes.

Diante essa versão sobre o acontecido, o advogado aponta que não existe possibilidade do agressor ter entendido que a criança era uma boneca. “Sem dúvida. Ele interagiu com o bebê, brincou com o bebê e o bebê respondeu com sorriso. O bebê se movimentou, não era uma boneca. Não há possibilidade dele ter entendido ser um bebê reborn”, defende Cardoso.

Bebê foi hospitalizada

Apesar do susto, a bebê foi liberada da observação na sexta-feira (6), após ficar em observação na noite do ocorrido. Ela teve alta com orientação para acompanhamento no serviço de neurologia nas 48 horas seguintes, e deve retornar para acompanhamento. Segundo a família, está tudo bem com a criança.

O caso continua a ser investigado pela Polícia Civil. Após a conclusão do inquérito, a família pretende entrar com uma ação reparatória cível.

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Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
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