Nesta quinta-feira (9), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que vai enviar um ofício à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) para apurar o fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL).
A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de BH está instaurando um “Notícia de Fato”, que será enviada para a presidência da Fheming e solicitará informações no prazo de 48 horas.
Procurada pela Itatiaia, a Fhemig informou que só se pronunciará sobre o pedido do MP após receber o ofício.
Fechamento do bloco cirúrgico e suspensão de cirurgias
O bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins foi fechado nessa segunda-feira (6) e não há previsão de reabertura.
“Durante um procedimento no HMAL, foram danificados o intensificador de imagens e outros equipamentos essenciais para a realização de cirurgias. Por isso, o bloco foi fechado para revisão”, argumenta a Fhemig.
O hospital é referência em cirurgias ortopédicas em Minas Gerais. Desde 2019, trabalhava na retaguarda do Hospital João XXIII e recebia o excedente dos atendimentos.
Desde a suspensão das cirurgias no HMAL, os pacientes e funcionários foram remanejados para o Hospital João XXIII. A transferência adiciona cerca de 200 cirurgias mensais a unidade de saúde.
Trabalhadores promoveram uma manifestação na porta do Hospital Maria Amélia Lins nessa quarta-feira (8).
A Fhemig informa que “os usuários serão atendidos normalmente, sem prejuízo algum” e que o HMAL “realiza somente cirurgias de baixa complexidade, classificadas como eletivas”.
Posicionamento da Fheming na íntegra
“A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) reitera que o Hospital João XXIII, com oito salas em seu bloco cirúrgico, tem plena capacidade para atender casos de urgência, assim como os pacientes com cirurgias eletivas vindos do HMAL, e reforça que os usuários serão atendidos normalmente, sem prejuízo algum.
Informamos ainda que, durante um procedimento no HMAL, foram danificados o intensificador de imagens e outros equipamentos essenciais para a realização de cirurgias. Por isso, o bloco foi fechado para revisão.
Ressaltamos que o Hospital Maria Amélia Lins realiza somente cirurgias de baixa complexidade, classificadas como eletivas; ou seja, são programadas de acordo com a avaliação clínica do paciente e a capacidade operacional das unidades hospitalares.
Somente nos últimos dois anos, foram investidos R$ 31 milhões no Complexo Hospitalar de Urgência, do qual os dois hospitais fazem parte, com amplo investimento em equipamentos de ponta para o João XXIII, referência em politraumas, queimaduras e intoxicações”.