Alexsandro Felipe Domingues, de 50 anos, que bateu uma Mercedes em sete carros e uma moto na noite de terça (17), foi condenado, na véspera, a sete anos de prisão por um acidente em que provocou a morte de avô e neta em 2021.
Nos dois casos, ele dirigia embrigagado.
De acordo com a sentença publicada na segunda (16), Alexsandro foi condenado por dois homicídios culposos - com agravante de estar sob influência de álcool ou substância psicoativa e por duas lesões corporais também majoradas pelo mesmo motivo. A decisão, assinada pela juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório, da 5ª Vara Criminal Belo Horizonte, também determina a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“Fica o réu condenado ao total de 7 (sete) anos e 10 (dez) meses de reclusão e 1 (um) ano de detenção e 10 (dez) dias-multa e determino a suspensão da habilitação para condução de veículo automotor pelo período de 10 (dez) meses, nos termos dos arts. 292 e 293 da Lei 9503/97”, diz trecho da decisão, que estabelece ainda que parte da pena poderá ser cumprida em regime semiaberto.
Na decisão, a juíza destacou que as ‘provas produzidas são contundentes de que o acusado conduzia o veículo com a capacidade psicomotora alterada, pois apresentava sinais visíveis de embriaguez’.
Catalão
O acidente que matou avô e neta ocorreu em janeiro de 2021. Alexsandro, que estava embriagado, conduzia outra Mercedes em altíssima velocidade pela avenida Catalão. Próximo ao cemitério da Paz, atingiu o carro onde estava uma família.
O veículo das vítimas explodiu e matou, carbonizados, Aleyson Machado Carmo, de 65 anos, e a neta Ana Beatriz Dias Carmo, de 14 anos. A mãe de Ana Beatriz ficou gravemente ferida e o irmão dela também teve ferimentos. Alexsandro foi indiciado por homicídio e lesão corporal dolosa.
Bairro Castelo
O acidente dessa terça (17) começou na avenida Altamiro Avelino Soares e terminou na rua Castelo Lamego. Após atingir oitos veículos, Alexsandro tentou fugir e foi contido por testemunhas até a chegada da Polícia Militar (PM). Apesar dos danos materiais, ninguém ficou ferido.
O teste do bafômetro constatou 0,70 mg/L de álcool, o dobro do limite de crime de trânsito, que é de 0,33 mg/L.
O sargento Moraes, que atendeu a ocorrência, confirmou que Alexsandro estava bêbado. “Ele estava muito embriagado, com fala desconexa, andar cambaleante, olhos vermelhos e muito alterado. Em data anterior, ele se envolveu em um outro acidente onde houve duas vítimas fatais”, lembrou o militar.