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‘Bateu minha cabeça no chão e desfaleci’, disse atleticana agredida por integrantes da Máfia Azul

Jovem de 26 anos disse que voltava da casa da mãe, quando foi abordada por dois homens descaracterizados; ao todo, 12 pessoas foram presas

A mulher de 26 anos que vestia um agasalho da Galoucura, torcida organizada do Atlético e que, foi vítima de agressões por integrantes da torcida organizada rival, a Máfia Azul, do Cruzeiro, conversou com a reportagem da Itatiaia e contou que voltava da casa da mãe quando tudo aconteceu. A vítima que não será identificada, foi agredida na tarde desse sábado (9), próximo à avenida Teresa Cristina, na altura do bairro Santa Margarida, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, onde segundo ela, foi criada desde pequena.

De acordo com a jovem, tudo começou quando dois homens descaracterizados disseram que pegariam a blusa dela.

“Como eles viram que eu era mulher, eles mandaram as meninas do ônibus descer e elas já desceram na agressão, aí eles conseguiram levar a blusa, porque outro rapaz entrou no meio e começou a puxar meu cabelo, batendo minha cabeça no chão, foi a hora que eu meio que desfaleci e desmaiei. E aí eles conseguiram arrancar a blusa”, começou relatando.

Ainda segundo ela, tudo foi muito rápido, questão de cinco minutos. Nos vídeos é possível ver também quando a vítima é abordada e empurrada para dentro da garagem de um morador. Logo em seguida as agressões começam e ela é jogada no chão pelas mulheres. Ao todo, estão presos 12 integrantes da torcida organizada Máfia Azul, suspeitos de envolvimento na agressão, entre elas sete mulheres e cinco homens.

Nas imagens é possível ver também quando o ônibus que transportava a torcida organizada para e as mulheres descem. Segundo a torcedora atleticana, o motorista também foi conivente, já que o sinal abre e ele continua parado esperando as agressoras.

“O motorista abriu a porta, primeiramente ele foi conivente, ele abriu a porta para as meninas descerem e logo em seguida ficou esperando mesmo com sinal aberto. Ele ficou esperando as autoras voltarem para dentro do ônibus”, continuou ela.

Durante a entrevista, ela disse que sofre de ansiedade e que as agressões vão ser marcas não apenas físicas, mas também emocionalmente.

“No meu caso, eu já sofro de ansiedade, né, no terceiro grau então, eu sei que isso para mim não vai ficar só hoje. Não afetou somente o físico, afetou também o emocional, porque você tem o seu time o - eu torço para o galo -. Você está simplesmente andando, caminhando na rua e ser agredida assim, eu nunca tinha visto isso acontecer com mulheres, né, tanto que eu não tive reação, porque se eu machuco alguma delas, todos eles iam descer, inclusive os homens e eles estavam em maioria”, relatou.
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Como a Itatiaia vem noticiando, a vítima estava andando na rua, usando um agasalho da torcida organizada rival, a Galoucura, do Atlético, quando um ônibus parou e um grupo de sete mulheres da Máfia Azul, desceu e iniciou as agressões a atleticana, com socos, chutes e capacetadas, e ainda roubaram o agasalho da Galoucura.

Nas redes sociais, uma das agressoras chegou a postar uma foto onde todas elas aparecem com um escudo no rosto, segurando o agasalho roubado da vítima. Com elas foram apreendidos oito pedaços de madeira e bastões. Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança da região.

“A rivalidade do lado de fora do campo ficou muito grande e infelizmente são essas torcidas organizadas, ela não vem só de pessoas que torcem para o time, mas sim de pessoas que já trabalham, já treinam na agressividade para maltratar as outras. Com eles, por exemplo, foram apreendidos vários porretes, então eles já saíram de casa na intenção de não de assistir ao jogo do Cruzeiro, que aconteceu ontem no Mineirão”, finalizou ela.

As sete mulheres cruzeirenses foram presas, assim como cinco homens.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
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