A região metropolitana de Belo Horizonte enfrenta uma seca histórica, com quase 150 dias sem chuva, impactando diretamente os níveis dos reservatórios que abastecem a área. A situação crítica é evidente na represa Várzea das Flores, localizada entre Contagem e Betim, onde moradores e frequentadores relatam uma redução visível no nível da água.
Vanderlei Teixeira, empresário de 56 anos e morador da região há três décadas, expressa sua preocupação: ‘Já há alguns anos, vem acontecendo constantemente da lagoa chegar a 30%, 20% das condições dela. A gente vê a flora e a fauna se acabando dia a dia’. Teixeira lamenta a falta de intervenção do poder público e ressalta a importância do reservatório para a região: ‘Por se tratar de não termos mar em Minas, isso aqui é considerado o mar de Belo Horizonte’.
Impacto no abastecimento e lazer
O reservatório Várzea das Flores não apenas abastece parte da região metropolitana, mas também serve informalmente como área de lazer para a população. Diego Ângelo, morador da orla da represa há 20 anos, confirma a redução drástica no nível da água: ‘Ela operou aqui durante muitos anos a 100% da capacidade, hoje infelizmente não. Sou frequentador daqui, pratico esporte náutico, e infelizmente cada dia está pior’.
Além da questão hídrica, os frequentadores criticam a falta de segurança na represa. Vanderlei Teixeira defende a presença de uma equipe de bombeiros ou salva-vidas no local: ‘Há anos atrás, sempre teve aqui o salva-vidas do bombeiro. Não sei por que, há mais de 15 anos não tem. Realmente, sempre vem acontecendo essa situação, a gente vê que as pessoas perdem a vida’.
Posicionamento da Copasa
Em nota, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que os reservatórios de água estão com níveis suficientes para abastecer a Grande BH neste período de estiagem. O sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento de água em aproximadamente 60% da região, está com o volume dentro do esperado para este período do ano, segundo a empresa.
A Copasa também afirmou que o nível dos sistemas do Rio das Velhas e Paraopeba está sendo monitorado de forma ininterrupta e, até o momento, não houve impactos na captação de água para a Grande BH. No entanto, a situação continua preocupante para os moradores, que testemunham diariamente os efeitos da seca prolongada na região.
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