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Onda de calor: com 34,4°C, BH iguala recorde de dia mais quente do ano

Além de calorão, capital mineira registrou 20% de umidade relativa do ar; tempo seco pode favorecer queimadas e problemas de saúde

Em meio a uma onda de calor, Belo Horizonte registrou pela segunda vez nesta semana o dia mais quente do ano. De acordo com a Defesa Civil Municipal, os termômetros na capital mineira atingiram 34,4°C, na tarde desta quinta-feira (5) - a mesma temperatura registrada na terça (3), quando o recorde de maior temperatura de 2024 foi quebrado.

Além do calorão, os moradores de BH enfrentam o tempo seco. Nesta quinta, a umidade relativa do ar ficou em 20%, entre às 14h e 15h, índice próximo a de regiões desérticas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta a população para os efeitos da baixa umidade, que incluem grande risco de incêndios florestais e à saúde, favorecendo doenças pulmonares, dores de cabeça, ressecamento da pele, e desconforto nos olhos e nariz).

Veja as recomendações do Inmet para o tempo seco:

  • Beba bastante líquido.
  • Atividades físicas são nocivas em tal tempo seco.
  • Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
  • Use hidratante para pele e umidifique o ambiente.
  • Evite bebidas diuréticas (café e álcool).
  • Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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BH está sem chuva há 139 dias

Nesta quinta, BH também completa 139 dias sem chuva. Esse é segundo o maior período de estiagem registrado na história da cidade. O recorde é de 1961, quando foram 198 dias sem precipitação na capital mineira. No entanto, o alívio ainda não tem data para acontecer.

Conforme modelos climáticos do Centro de Previsão e Estudos Climáticos (Cptec) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) não há previsão de chuva para os próximos 7 a 10 dias. Meteorologistas do órgão afirmam que a chuva só deve vir em meados de setembro.

Por que não chove em BH?

O professor Lucas explica que o bloqueio atmosférico é a causa do recorde de estiagem. O fenômeno ocorre quando uma área de alta pressão atmosférica persiste no centro do país, impedindo a circulação das massas de ar frio.

“O ar quente que sobe ele encontra uma alta pressão que o empurra de volta para a superfície. É a mesma dinâmica da air fryer. Ar quente circulando numa bolha fechada”, compara Oliver.

Com isso, o bloqueio não deixa as frente frias e chuvas avançarem para o restante do país, que ficam “presas” no Sul, causando as precipitações fora do normal, além do calor fora de época no Centro-Oeste e Sudeste.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.
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