A Polícia Federal (PF) recuperou 16 das 17 peças furtadas do Museu de Artes e Ofícios, que fica na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte. O crime aconteceu no dia 15 de junho,
As peças foram recuperadas nessa quarta-feira (10) e entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) nesta sexta-feira (12).
De acordo com a PF, as peças estavam com pessoas envolvidas com o crime, que prestaram depoimentos, mas foram liberadas, devido, ‘a princípio, estarem de boa-fé e por terem colaborado com as investigações”. Uma das peças havia sido recuperada no dia do furto, quando foi preso em flagrante o autor do crime.
O museu foi arrombado por volta das 10h da manhã do dia 15 de junho. Ainda conforme a diretora do museu, as peças pertenciam ao acervo de carpintaria, como pequenos martelos e canivetes. No dia do arrombamento, um dos vidros do museu foi quebrada para ter acesso às obras.
Uma das peças foi recuperada ainda no dia do furto.
Segundo a coordenadora do Sesi Cultura, Bárbara Laredo, essa recuperação dos materiais é de extrema importância. “O Sistema FIEMG como um todo está muito feliz e grato pelo trabalho desempenhado pela Polícia Federal na resolução do caso. Agora teremos novamente nosso acervo 100% completo. É de extrema importância o resgate dessas peças para a cultura não só mineira, mas brasileira.”
Fundadora lamenta crime
Fundadora e doadora da coleção, Angela Gutierrez se emocionou bastante ao falar à Itatiaia sobre o furto no Museu de Artes e Ofícios, na época. A colecionadora ressalta que as peças não possuem valor fora do museu, pois são em sua maioria feitas de metal e madeira. Ela classificou o ato como ‘um total desrespeito a uma coleção importante que representa tanto para a cultura mineira e brasileira’.
‘Dentro do contexto desta coleção, que é a única do país que representa as artes e os ofícios, elas são importantíssimas, valiosíssimas. Quem furtou isso não vai conseguir nada. Espero que ninguém pague nada pelo que saiu daqui. Eu estou tão arrasada quando o museu’.