A defesa do empresário
O caso ficou conhecido após a jovem desaparecer do bairro Castelo, na capital mineira. Na manhã do último sábado (8), uma operação policial conseguiu localizar a adolescente e o homem, com quem ela se relacionava desde os 13 anos de idade. Aos policiais, o
Contudo, Meschick diz que “peças básicas e mínimas para o desenrolar de qualquer feito foram suprimidas” no auto de prisão. “Por mais escandaloso que pareça ser, é a mais pura verdade, afinal, não existe o boletim de ocorrência, peças do APFD e, nem mesmo, a Decisão que converteu o flagrante em prisão preventiva. Dá para acreditar nisso?”, diz o advogado no documento protocolado no STF nesta quinta-feira (13), completando:
“O mais absurdo é que, infelizmente, sem peças mínimas e básicas de qualquer procedimento, a Defesa fica de mãos e pés atados; fica, literalmente, à mercê do Judiciário; não podendo impetrar um habeas corpus, pois não haverá qualquer prova pré-constituída.”
De acordo com o advogado, além de violar sensivelmente à Defesa, a supressão de tais documentos viola significativamente o direito de Guilherme. A defesa do empresário quer que o tribunal obrigue a inclusão de todos os documentos essenciais e básicos no processo criminal. O caso será analisado pelo ministro Flávio Dino.
Estelionato
Não só pelo possível crime contra a adolescente que Guilherme pode responder. Em março de 2023, a Polícia Civil instaurou inquérito contra ele, a fim de apurar denúncias de crime de estelionato. “Os procedimentos investigativos tramitam por meio do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, na capital”, informou. Segundo a corporação, outras informações poderão ser divulgadas ao final das investigações.
Conforme o boletim de ocorrência, registrado em 21 de março daquele ano, a qual a Itatiaia teve acesso, uma mulher de 42 anos procurou a polícia para relatar ter sido vítima de uma pirâmide de investimentos. “Seu prejuízo, segundo o aporte financeiro investido, estaria girando em torno de R$ 70.000.000,00, e que o retorno do investimento prometido se daria no valor de resgate de 4% ao mês”, informou o registro policial.
O investimento foi oferecido por Guilherme e pela antiga companheira. Contudo, a empresa pertencia a um terceiro homem. “A mesma ainda informa que chegou a receber parte do investimento prometido, pelo período de 4 meses, o valor de R$ 2.800”, acrescentou o documento. Contudo, em dezembro de 2022, a quantia deixou de ser depositada em sua conta.
(com informações de Larissa Ricci e Enzo Menezes)