Um vídeo postado nas redes sociais mostra a discussão de uma mulher com deficiência e um comissário de bordo, já no embarque de um avião. No momento, ela chega a argumentar com o comissário, que só pode viajar ao lado de uma acompanhante, que mesmo explicando, ele nega a situação.
“Deixa eu terminar de falar, por favor”, diz a passageira. “A senhora não vai terminar de falar mais”, responde o comissário.
No caso, a mulher é a mineira Aline Castro, de 30 anos, que é professora e cientista. A situação aconteceu na última sexta-feira (26) e a mulher alega ser vítima de descaso e teve os direitos desrespeitados. O voo no qual ela estava, saia de Brasília para a capital mineira.
“Eu tenho fraqueza muscular, e eu preciso de uma pessoa ao meu lado para me dar um suporte no pescoço, senão a minha cabeça cai na hora da decolagem. E aí eu falei com ele, o chefe de bordo que não havia essa possibilidade de eu voar longe da minha acompanhante. E aí ele falou que, então, eu não iria viajar, que eu poderia me retirar do avião, que eu não iria seguir naquele voo”, contou.
Aline contou, ainda, que voltava da Esplanada dos Ministérios, onde debateu os desafios das pessoas com deficiência, onde propôs melhorias sobre as leis de acessibilidade no país.
Ela explicou nesta segunda-feira (29), sobre todo o processo de como uma pessoa com deficiência precisa passar, para uma viagem de avião
“Toda pessoa com deficiência, precisa emitir um documento que é o desconto no valor da sua passagem aérea e do acompanhante, e permite também que a companhia aérea saiba que naquele voo há uma pessoa com deficiência. E eu fiz esse documento, ele foi preenchido por mim”, explicou Aline, para seus seguidores.
“Para quem não sabe, a gente não tem a opção de escolher o assento, já que fazemos essa marcação via telefone. E quando eu entrei, me deram um assento que não era nas fileiras prioritárias e foi quando eu fiz o questionamento”, continuou explicando.
A mineira contou que entrou no avião e tentou dialogar com o comissário, que todo o tempo foi grosseiro, onde o descaso começou.
Aline relatou ainda, que sofre de uma deficiência física, que gera fraqueza muscular e que ela não tem o controle do tronco, assim tendo a necessidade de sentar em um acento da janela, para se apoiar.
“Eu tenho uma necessidade de sentar na janela, na fileira especifica, porque eu me apoio naquela parede e aí esse apoio me permite ter um equilíbrio”, detalhou.
A mineira contou que entrou no avião e tentou dialogar com o comissário, que todo o tempo foi grosseiro, onde o descaso começou.
Em nota, a empresa disse que segue as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil); confira.
A LATAM esclarece que em nenhum momento impediu a passageira e a sua acompanhante de viajarem lado a lado nas primeiras fileiras da cabine adquirida (Economy), cumprindo rigorosamente o que determina a Resolução 280 da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para o embarque de Passageiros com Necessidade de Assistência Especial (PNAE) e seus acompanhantes.
Durante o embarque, a cliente solicitou ser acomodada com a sua acompanhante em outra cabine (Premium Economy). No entanto, esse espaço já estava ocupado por outros passageiros e isso foi explicado pelos tripulantes. O embarque prosseguiu normalmente e a cliente viajou ao lado da sua acompanhante na primeira fileira da cabine Economy.
A LATAM reforça que adota todas as medidas necessárias para uma operação segura.