Os passageiros do metrô em Belo Horizonte têm mostrado insatisfação com o sistema de viagens e o transtorno causado por obras. Estações da capital estão sem bancos nas plataformas, o que obriga o passageiro a esperar em pé. Ouvintes da Itatiaia também denunciam que, durante viagem, o metrô fica ‘inclinado’, com a sensação que vai ‘tombar’.
Procurada pela reportagem, a empresa que administra o metrô em BH informou que a questão da falta de bancos é temporária e faz parte das obras de revitalização e modernização do sistema.
‘Esses espaços estão em modernização e as adequações não foram finalizadas. A Concessionária afirma que os novos bancos a serem instalados serão mais seguros e confortáveis, além de atender às normas vigentes Até a chegada dos novos assentos, o Metrô BH vai instalar provisoriamente os bancos antigos visando o conforto dos usuários, ao longo da próxima semana’, informou em nota, nesta segunda-feira (8).
Apesar da denúncia que passageiros se sentem inseguros da Estação Santa Efigênia até a Central, com o metrô ‘andando inclinado para a esquerda’, o Metrô BH informou que ‘não há nenhuma anormalidade no trecho'.
Onda de demissões
O sindicato dos metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) convocou a categoria para uma audiência pública que será realizada nesta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A audiência irá debater sobre as demissões em massa e as condições de trabalho da categoria metroferroviária após privatização do metrô de BH.
A diretoria do sindicato não concordou com diversos itens do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que segundo o Sindimetro deixava a ‘categoria muito prejudicada’.
‘Muitos trabalhadores e trabalhadoras ingressaram neste PDV por não verem mais perspectivas de negociação nesta empresa privatizada pelo Governo Federal. Cerca de 600 saíram, contando com as demissões. As condutas da empresa, como pressão interna, assédio moral, alterações de jornada e escala de trabalho, demissões por justa causa e sobrecarga de trabalho contribuíram decisivamente para a decisão dos trabalhadores’, afirma o sindicato.
Em nota, o Metrô BH informou que o Contrato de Concessão prevê estabilidade de um ano para os colaboradores da antiga CBTU-MG, que finalizou em 23 de março de 2024.
‘A pedido dos próprios colaboradores, a empresa ofertou Planos de Demissão Voluntária e o Plano de Demissão Consensual, no decorrer do primeiro ano de gestão. A fim de continuar a adequação da empresa, mantendo a produtividade operacional, o Metrô BH lançou um plano de desligamento na primeira semana de abril. Mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, entre a empresa e o sindicato da categoria, essa ação garantiu benefícios sociais para além das leis trabalhistas.
Os Planos de Demissão foram realizados de maneira planejada, garantindo a normalidade da operação’.
*Sob supervisão de Lucas Borges