“A expectativa é que todo adulto acima de 18 anos tome a 4ª dose”. A informação é do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (24). No entanto, a pasta aguarda ainda a liberação do Ministério da Saúde para que esse público possa tomar o reforço contra a Covid-19.
De acordo com o secretário, as doses reforços são essenciais para que não haja perda da imunidade e também contra novas cepas.
“Nós temos a necessidade de reforçar a curto espaço de tempo não só pela perda da imunidade, mas também pela nova variante, a ômicron. A ômicron teve um escape vacinal muito importante, ou seja, todo mundo que tinha tomado duas doses não tinha uma proteção imunológica muito robusta a doença”, explicou.
Segundo Baccheretti, é como “se estivesse reiniciando o ciclo vacinal”. Porém, a previsão é de que isso mude no próximo ano, quando a vacina deve ser “atualizada”.
“É muito provável que no próximo ano, 2023, a gente tenha uma vacina atualizada com essa cepa ômicron ou com uma mais recente. Dessa forma, as vacinas têm um tempo de resposta maior e não perdem essa imunidade rapidamente”, contou.
A intenção é de que ela seja anual ou com doses reforço para alguns grupos.
Notícias falsas têm prejudicado vacinação infantil
Durante a coletiva, o secretário explicou que “fake news” têm prejudicado a vacinação infantil contra a Covid-19. “Quem mata é a doença, não é a vacina”, destacou. Porém, de acordo com ele, houve um crescimento de 10% no número de crianças imunizadas com a segunda dose, passando de 35% para 45%.
“Se todas as crianças estivessem vacinadas, a gente praticamente não teria internações de Covid e nem óbitos”, disse.
Dados acumulados
Baccheretti ainda explicou que dados recentes divulgados pela pasta sobre os números da doença no estado foram acumulados, em virtude do feriado prolongado e do período em que o sistema do Ministério da Saúde ficou instável ou fora do ar.
Conforme o boletim, 99 óbitos e 14.029 casos foram confirmados nas últimas 24 horas. “Dados atrasados. Provavelmente o número de pessoas adoecidas deve ser menor”, disse.