O coronel reformado da Polícia Militar (PM), Flávio Donato da Silva, teve um surto e surgiu completamente sem roupa próximo ao Tribunal de Justiça (TJMG), na avenida Afonso Pena, na região Central de Belo Horizonte, nesta terça-feira (14).
Ele foi responsável por matar o motorista de aplicativo Aroldo Rodrigues Simões, que tinha 34 anos, com 12 tiros em Contagem, na Grande BH, em fevereiro de 2019. Ele foi julgado no ano seguinte e, em agosto de 2021, a Justiça concedeu que ele fizesse o tratamento psiquiátrico em liberdade.
Após a crise desta terça, Flávio foi levado para o Hospital da Polícia Militar (HPM).
Relembre a morte do motorista de aplicativo
Aroldo Rodrigues Simões foi assassinado a 12 tiros em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, em fevereiro de 2019. O autor dos disparos é o coronel reformado da Polícia Militar (PM), Flávio Donato da Silva, que tinha 50 anos à época e teve um surto depois de usar quetamina mais álcool. Ele e a vítima não se conheciam.
Aroldo foi morto quando terminava uma viagem. Na ocasião, Flávio teria deixado o veículo e gritado que era Deus. No ano seguinte à ocorrência, ele foi a júri popular e o crime foi considerado inimputável. A Justiça entendeu que ele estava fora de si e não tinha consciência dos seus atos. Ficou estipulado que Flávio deveria ficar privado de liberdade e internado para tratamento psiquiátrico.
No entanto, em agosto do ano passado, o coronel foi liberado para fazer tratamento psicológico em casa, o que deixou familiares indignados. “Minha família está desestruturada. Era pra ele ficar um ano em Barbacena, mas não ficou. Ele matou meu filho. Aroldo era tudo pra mim. Ajudava o pai e os irmãos”, disse Maria Aparecida Rodrigues, mãe de Aroldo, à Itatiaia à época.
Conforme o “benefício” concedido pela Justiça, o coronel deveria fazer o tratamento de saúde na rede pública por um ano e fornecer relatório sobre seu tratamento, além de comunicar mudanças de endereços e não cometer atos criminosos.