Confira decisão de juiz que manteve preso integrante de quadrilha que atacou Itajubá

Juiz reconsiderou decisão que permitia soltura do suspeito e afirmou que ele possui antecedentes criminais em SP e que teve participação no roubo em Itajubá

Arsenal: munições, fuzis e capacetes balísticos foram apreendidos em SP

A Justiça manteve nesta segunda-feira (27) a prisão do homem de 33 anos suspeito de ser membro da quadrilha que atacou uma agência bancária em Itajubá, no sul de Minas. O juiz Gustavo Moreira Mazzilli, da 2ª Vara Federal e Criminal de Pouso Alegre, reconsiderou a própria decisão, que no fim de semana havia liberado o preso por considerar sua participação um crime de ‘menor periculosidade”.

A decisão atendeu a recurso do Ministério Público Federal, que pediu a prisão preventiva do investigado.

Na decisão judicial, obtida com exclusividade pela reportagem, afirma que “na época da comunicação inicial da prisão, (...) houve concessão de liberdade provisória, mediante cumprimento de medidas apontadas naquela decisão.”

O fato do investigado ter sido preso em São Paulo foi incluído na nova decisão. “Anoto que, conforme lembrado pelo MPF, apesar da catalogação nos autos do crime de furto, o feito trata, na verdade, de apuração de crime de roubo, tendo em vista a violência empregada na ação dos agentes. Tendo apresentado Recurso em Sentido Estrito, (...) consistente na Folha de Antecedentes do preso referente ao Estado de São Paulo, o juízo passa a reconsiderar a decisão anterior para, agora, decretar a prisão preventiva do flagranteado.”

Ainda de acordo com o documento, “pelos dados extraídos dos autos, assim, há prova concreta de que o investigado, ao ser colocado em liberdade, prejudicará a ordem pública e reiterará a conduta delituosa, voltando ao mundo do crime.”

Sendo assim, de acordo com o documento, a prisão preventiva deverá ser mantida por prazo indeterminado, “enquanto perdurarem os requisitos consignados nesta decisão para a sua decretação.”

O crime

O homem era responsável por repassar informações para o bando enquanto vigiava estrategicamente a ação de policiais.

O suspeito foi preso na última sexta-feira (24) , dois dias após a quadrilha aterrorizar a cidade de menos de 100 mil habitantes. O grupo entrou com fuzis e explosivos em um banco do município com o objetivo de levar o cofre da agência.

Na ação, eles atacaram um Batalhão da Polícia Militar (PM) para atrapalhar o trabalho dos agentes. Na ocasião, cinco pessoas ficaram feridas. O olheiro, que é de São Paulo, teve prisão preventiva pedida pelo MPF após confessar participação no crime.

No último sábado (25), a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um arsenal de guerra que pode ter sido usado pelos criminosos na cidade mineira.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.

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