Caminhar pela Afonso Pena, próximo do Parque Municipal, e ver uma construção que parece abandonada, na altura do cruzamento com a rua da Bahia, pode ter se tornado parte da rotina dos cidadãos belo-horizontinos. No entanto, isso está prestas a mudar.
Nesta terça-feira, 19 de março, ocorre a reinauguração do local conhecido como Mercado das Flores. Com muita história, o lugar já abrigou comércios, reside na memória das pessoas e, após 7 anos de inatividade, prepara novidades. Veja origem do nome e o histórico do Mercado das Flores.
Histórico do Mercado das Flores
1902
Há mais de um século, o espaço era ocupado por uma construção com estilo diferente do atual. Um prédio, com uma torre e um relógio, que era uma das estações de bondes da avenida Afonso Pena e abrigava os bondinhos da Viação Elétrica.
1950
Na metade do século 20, como projeto de modernização do centro da capital mineira, o antigo prédio foi demolido, e uma nova construção, de estilo modernista, foi projetada pelo arquiteto mineiro Tarcísio Silva.
Estação de Metrô da década de 1920 que funcionava no local onde, mais tarde, foi erguida a construção do Mercado das Flores
Arquivo Mineiro | Divulgação
Estação de Metrô da década de 1920 que funcionava no local onde, mais tarde, foi erguida a construção do Mercado das Flores
Arquivo Mineiro | Divulgação
Estação de Metrô da década de 1920 que funcionava no local onde, mais tarde, foi erguida a construção do Mercado das Flores
Arquivo Mineiro | Divulgação
Vista do bonde da Afonso Pena, na década de 1940
Arquivo Mineiro | Divulgação
Imagens do Mercado das Flores, em 2017, no início da reforma
PBH | Divulgação
Parte externa do Mercado das Flores, em 2021, com faixa de interdição, durante reforma
Google Maps | Reprodução
Mercado das Flores ao longo do anos
Ygor Teles (PBH) | Divulgação
1975
Na década de 70, aconteceu a inauguração do comércio que nomeou o local. Após o início de suas atividades, a floricultura Flora Rosa era frequentada por dezenas de pessoas e era um ponto de referência na região, com atendimento 24 horas.
A população se identificou tanto com a floricultura, onde era possível também tomar café, pedir informações e marcar encontros, que o ponto ficou conhecido como Mercado das Flores. Além disso, funcionava lá o Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc) também funcionava ali. Até o seu fechamento, o local também abrigava um centro de atendimento a turistas da Belotur, responsável pela gestão do imóvel.
2017
Em 2017, o espaço teve todas as atividades suspensas e foi cedido para a Prefeitura de Belo Horizonte com o propósito de ser reformado. Desde então, encontra-se fechado.
Na época, o Sinparc tinha um convênio com a Belotur de cessão de uso, que não foi renovado. A floricultura, por sua vez, utilizava o espaço por meio de aluguel e, com a reforma, teve seu funcionamento interrompido. Atualmente, o imóvel pertence à Subsecretaria de Administração e Logística da PBH.
Reinauguração após 7 anos
A reinauguração do espaço ocorre nesta terça-feira (19), às 9h, na avenida Afonso Pena, esquina com rua da Bahia, no Centro. Agora, no local, funcionará o Centro de Atendimento ao Turista (CAT), além de uma agência de viagens do Sesc em Minas, dedicada à venda de passeios e hospedagens.
O espaço também abriga uma área de convivência para encontros, eventos culturais e gastronômicos, além de um ponto de venda de ingressos para diversos eventos do Sesc Palladium.
Programação
- 9h: Abertura do evento pelo mestre de cerimônias;
- 9h05: Pronunciamentos de autoridades do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac, da Prefeitura de Belo Horizonte e do Governo do Estado de Minas Gerais;
- 9h20: Descerramento da placa de inauguração;
- 9h30 às 10h: Atendimento à imprensa.
* Com supervisão de Enzo Menezes.
