Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, suspeito de
A audiência está marcada para as 10h50, no Fórum Lafaiete, em Belo Horizonte.
Também será ouvido Geovanni Faria de Carvalho, 34 anos. Ele é o segundo suspeito de participação no crime e foi preso pela polícia após denúncias anônimas. A audiência dele será às 11h.
O Conselho Nacional de Justiça explica que a audiência de custódia é o momento em que o preso é apresentado ao juiz e é avaliada a prisão em flagrante e a necessidade da manutenção da reclusão e por quanto tempo. Além do juiz, também são ouvidos o Ministério Público e os advogados do custodiado.
O crime
A Major Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, detalhou a ocorrência durante entrevista coletiva na tarde de sábado (6). O Sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, estava trabalhando quando foi acionado para um cerco policial durante ocorrência no bairro Aarão Reis.
A guarnição em que ele atuava perseguia um veículo Uno, em que estavam Welbert e Geovanni. Em determinado momento, os suspeitos atingiram um motociclista, desceram do carro e seguiram fugindo à pé. O Sargento Dias desceu da viatura em que estava e começou a perseguição também à pé.
Em determinado momento, os dois homens gritaram ‘perdeu’ para o Sargento, segundo informações da Major. Inicialmente, deram a entender que iriam se entregar mas, em seguida, um deles - posteriormente identificado como Welbert - saca uma arma e faz quatro disparos. Três deles atingem o Sargento, sendo dois na cabeça.
Welbert continuou fugindo e foi perseguido por outras guarnições. Ele foi atingido por um disparo de arma de fogo na perna e capturado. Foi socorrido ao Hospital Risoleta Neves, onde foi atendido.
O segundo autor, Geovanni, conseguiu fugir. A Polícia Militar foi, inicialmente, a uma casa onde ele estaria. No local, foram apreendidos um colete, munições e drogas. No entanto, ele não estava no local. Após denúncias da população, Geovanni foi localizado pela polícia na laje de um imóvel na divisa dos bairros Aarão Reis e Tupi. Segundo a Major Layla, era um local muito escuro e ermo.
Cercado pela polícia, Geovanni disparou duas vezes contra os militares do Batalhão de Choque e fugiu para uma mata. Os policiais fizeram um cerco à mata e foram auxiliados pelos cães da Rocca. Os cães conseguiram localizar o homem em meio a um chiqueiro, enlameado. Ele foi preso e tinha alguns machucados em razão da fuga dos cães e também por ter trocado tiros com a PM e sido atingido por disparos de raspão.
Veja imagens da perseguição e a entrevista da Major ao Itatiaia Patrulha deste sábado (6):
‘Saidinha’ e condicional
A Major Layla Brunella também confirmou que Welbert, suspeito de balear o Sargento Dias, estava foragido após ser beneficiado por saída temporária do presídio. Segundo a Major, ele deveria ter retornado no dia 23/12/2023, mas não o fez. Neste sábado, a Itatiaia mostrou que
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados em seu nome, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas.
Ainda segundo a Major, assim como Welbert outros 118 presos que tiveram direito à saída temporária no fim do ano de 2023 não retornaram aos estabelecimentos prisionais. Até agora, 45 deles foram recapturados pela Polícia Militar e 73 seguem foragidos.
A Itatiaia solicitou dados sobre as saídas temporárias à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que
Geovanni estava em liberdade condicional e tem 15 passagens pela Polícia.
Estado de saúde
O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.
A família do Sargento está sendo atendida pela corporação. Duas psicólogas acompanham a família e também os policiais militares que estavam na ação com o policial, estão todos abalados. Uma comissão apoia a esposa e a filha do policial, que tem apenas 5 meses.