O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse, nesta sexta-feira (27), que não há a necessidade da visita de técnicos do Ministério da Saúde a cidades mineiras por causa da morte de três crianças
“O Ministério da Saúde vem acompanhando muito mais pela repercussão, mas a Secretaria de Estado de Saúde vem, com as regionais, acompanhando de perto. O Ministério da Saúde se colocou à disposição, mas não há, honestamente, um fato que gere ações diferentes das que estamos fazendo: treinamento, capacitação e orientação. Temos uma Superintendência do ministério em Minas Gerais, mas, por enquanto, não há necessidade, porque a Secretaria de Saúde consegue fazer esse trabalho”, disse, durante evento em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Não houve a possibilidade de fazer análises clínicas relacionadas a duas das três mortes. A a terceira amostra, por sua vez, foi encaminhada à Fundação Ezequiel Dias (Funed), em BH. Segundo Bacchereti, nenhuma bactéria apareceu na amostra coletada após a morte da terceira criança.
“Não se tem nenhuma informação de óbito vinculado a essa bactéria. Essa bactéria, em raros casos, pode evoluir a óbito. Uma amigdalite pode dar um abscesso, mas é muito raro. Pode acontecer. Mas, desses três óbitos, nenhum óbito está vinculado a essa bactéria”, garantiu.
Mesmo diante da alta dos casos de amigdalite e do aparecimento de pacientes com escarlatina no Norte Mineiro, o secretário de Saúde garantiu que não há surto bacteriano em curso.
“Esses casos sempre existiram. O que muda, agora, é que as pessoas estão mais preocupadas com esses casos, que estão em maior atenção da população porque houve uma associação errada dos óbitos infantis. Escarlatina sempre ocorreu. É uma bactéria que um antibiótico comum mata. Essas crianças vão, todas, ficar bem. Esses casos de amigdalite, quem de nós, adultos ou que têm filhos, não teve amigdalite várias vezes ao longo da vida? Isso é comum. Não se pode achar que existe um fato novo”, pontuou.