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Jovem que organizou vaquinha para custear tratamento de câncer ainda precisa de doações

Apesar de o tratamento ser oferecido gratuitamente pelo SUS, Rafael precisa pagar por um acompanhante, já que sua família não pode ficar com ele

Rafael descobriu o câncer em 2022

Um jovem de 19 anos está organizando uma vaquinha para arcar com os custos de um transplante de medula óssea, que vai acontecer no início de outubro. Rafael dos Santos Silva fez todo o tratamento contra a leucemia na Santa Casa de Belo Horizonte e, apesar de o transplante ser gratuito pelo SUS, ele precisa pagar por um acompanhante durante a recuperação da cirurgia, além de uma alimentação restrita e alguns medicamentos complementares.

Rafael vai ser internado na próxima quarta-feira (27) para começar a receber a quimioterapia de destruição da medula e, no dia 10 de outubro, ele deve passar pela cirurgia. O jovem descobriu a leucemia em julho do ano passado e após sete meses teve a remissão do câncer. Entretanto, neste ano a doença voltou, e ele precisou retornar às sessões de quimioterapia.

“Ano passado, no mês de maio, fui internado com o joelho inchado, eu não estava conseguindo nem andar. Aí quando foi em julho, eu descobri a leucemia e fiquei mais de quarenta dias internado na Santa Casa. Em dezembro eu tive remissão da doença, e em fevereiro a doença voltou. Eu tive uma crise convulsiva e desmaiei, depois disso eu voltei para a quimioterapia e internava todo mês para fazer o tratamento”, relata o jovem.

Uma oportunidade de cura surgiu logo depois: Rafael teve um doador de medula óssea aprovado. O transplante é feito gratuitamente pelo SUS, mas o jovem ficará quarenta dias internado na recuperação e vai precisar de um acompanhante em tempo integral. A família de Rafael não pode acompanhá-lo, porque a mãe, avô e irmã dele também são doentes e cuidados pela tia. A ideia que ele teve foi contratar um acompanhante, mas para isso precisa de dinheiro.

“A vaquinha foi feita para me ajudar a pagar alguém para ficar comigo no período de 30 a 40 dias, além de arcar com medicações e com a alimentação, que fica bem restrita. Por exemplo, vou ter que comprar até água porque só posso tomar mineral e também vou ter que pagar um Uber que, de onde moro até a Santa Casa, fica em torno de R$100 reais ida e volta e não posso pegar ônibus. Minha mãe, avô e minha irmã tem problemas de saúde e quem olha eles é minha tia, que também trabalha. Eu não tenho uma pessoa para ficar comigo lá, porque é uma internação de trinta a quarenta dias e a pessoa não pode sair, ela tem que ficar comigo direto”.

Quem quiser ajudar, pode fazer a doação de qualquer valor através da chave PIX: (31) 98964-9289.