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Diretor de presídio é indiciado por assédio sexual e violência psicológica contra funcionárias

Vítimas relatam assédio com abraços e beijos, além de perseguição

Imagem ilustrativa

O diretor adjunto de uma unidade prisional foi indiciado pela Polícia Civil (PCMG) por assédio sexual, importunação sexual, perseguição e violência psicológica. O diretor geral da unidade também foi indiciado por omissão. As sete vítimas relataram que eram constrangidas e com o diretor adjunto as abraçava e beijava, além de persegui-las.

As investigações começaram após as vítimas comparecerem à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Ibirité, e informarem que o diretor adjunto do presídio as assediava sexualmente, “utilizando o cargo para constrangê-las, além de importuná-las com abraços impróprios e beijos, bem como persegui-las com menosprezo à condição de mulher, causando danos emocionais”, detalha a PC.

As vítimas relataram que todas a condutas do investigado aconteciam com o conhecimento do diretor-geral do presídio, que também foi indiciado por omissão. Os dois foram afastados dos cargos e impedidos de manter contato com as vítimas por qualquer meio.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) detalha que “o procedimento de investigação administrativa preliminar instaurado pelo Núcleo de Correição Administrativa (Nucad) em desfavor dos dois servidores foi concluído também nesta quinta-feira (21).” A partir dessa fase será instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) pela corregedoria da Sejusp, no qual os servidores terão direito à ampla defesa e ao contraditório. A Sejusp ressalta que não compactua com desvios de conduta de seus servidores e trabalha para que todos os trâmites sejam tratados com celeridade.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022