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Mãe e filha são detidas suspeitas de aplicar golpe do ‘falso emprego’ no Centro de BH

As vítimas recebiam promessas de empregos garantidos e compravam cursos de capacitação; os prejuízos chegavam a quase R$ 2 mil

A Polícia Civil de Minas Gerais conduziu nesta quarta-feira (20) uma mulher, de 46 anos, e sua filha, de 25, proprietárias de uma escola de informática e outras cursos que oferecia capacitação em troca de um emprego falso. Conforme as investigações os crimes aconteciam na Rua dos Goytacazes, N° 103, no Edifício Vera Cruz, no Centro de Belo Horizonte.

Durante a operação pelo menos três vítimas confirmaram o pagamento à empresa. A denuncia chegou aos investigadores da instituição por meio de reclamações feitas Ministério do Trabalho. Os valores cobrados variavam entre R$700 e R$1.500.

De acordo com o Delegado da 4º Delegacia do Hipercentro de BH, Alessandro Santa Gema, um inquérito foi instaurado para investigar a ocorrência. As vítimas realizavam um cadastro de emprego com promessa de serem encaminhadas para empregos que, na realidade, não existiam, e compravam cursos de capacitação com o objetivo de conseguir a vaga.

No local os agentes encontraram pessoas realizando pacientes com possíveis clientes. Os funcionários e as proprietárias foram encaminhadas para prestarem depoimento na delegacia.

"É sempre bom tomar cuidado com as promessas de que você será encaminhado, de que já existe uma vaga certa para você ou seu filho. As pessoas sempre sonham em ter o primeiro emprego, temos que ter cuidado com a legitimidade dessas empresas”, explica o policial.

As investigações continuam para fazer o levantamento das pessoas lesadas e possível participação de outras pessoas no esquema criminoso.

Relato das vítimas

Uma vítima, de 22 anos, que trabalha como operadora de caixa, contou que seu irmão foi vítima do golpe. Ele foi ao local acompanhado da mãe com a promessa que já receberia uma carta de emprego, com uma vaga garantida. Foi solicitado um valor de R$ 1,5 mil para realizar um curso e a família pediu dinheiro emprestado para pagar, mas que não aconteceu.

“A gente estava chegando no local para fazer o curso e demos de cara com a Polícia Civil. Eles nos abordaram, perguntaram aonde iríamos e deram a notícia. Ficamos em choque porque achamos que ia conseguir o emprego mas infelizmente caímos nesse golpe”, conta.

A jovem ainda relatou que a empresa chegou a solicitar mais R$ 3,5 mil para outro curso de informática, mas que decidiram não pagar.

Viviane Elisa Alves (43), auxiliar de educação básica, relatou que tinha ido ao local pela primeira vez e que ficou assustada com toda a situação.

“Vim falando no ônibus que se fosse um golpe eu ia fazer um escândalo e chamar a polícia, mas a polícia veio junto. Foi um livramento de Deus”, relatou.

Ela ainda contou que a empresa ofertou um emprego com salário de R$ 600 para sua filha e benefícios, mas os agentes chegaram antes e prenderam os suspeitos, impedindo que fosse lesada.

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