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Após denúncia de larvas em comida de hospital, Prefeitura de Contagem adota mudanças na preparação de alimentos

Uma paciente teria encontrado larvas na marmita e uma criança teria recebido uma sopa com cheiro ruim e espumando

Serão construídos uma cozinha industrial e um refeitório anexos ao Complexo do Hospital Municipal

A Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, adotou uma série de mudanças no processo de preparo da alimentação oferecida aos pacientes da rede municipal de saúde. As alterações foram implementadas após denúncias de que o Hospital Municipal da cidade estaria servido comida estragada.

Uma paciente teria encontrado larvas na marmita e uma criança teria recebido uma sopa com cheiro ruim e espumando. Enquanto a investigação do caso segue internamente na prefeitura e na Polícia Civil, a secretaria de saúde adotou algumas mudanças no fluxo de preparação da comida.

Agora, as refeições podem ficar no máximo 1h30 nas enfermarias, o horário das entregas será controlado e os marmitex de isopor serão trocados por um material mais rígido e transparente. Também serão construídos uma cozinha industrial e um refeitório anexos ao Complexo do Hospital Municipal, em um prazo de um ano e quatro meses. O objetivo é reduzir a logística e o tempo entre a produção, distribuição e consumo dos alimentos.

“A prefeitura não está de braços cruzados, pelo contrário, nós estamos tomando providências internas e [fazendo] algumas mudanças dentro dos fluxos da produção e da distribuição da alimentação. Isso é importante para que a gente diminua qualquer chance de acontecer uma situação como essa”, afirmou o secretário de saúde de Contagem Fabrício Simões.

O secretário acredita que as alterações vão trazer mais segurança para os pacientes da rede pública municipal. “Eu acho que isso tudo vai trazer uma tranquilidade para os trabalhadores, para quem produz, para quem está na linha de produção e, principalmente, para os nossos usuários”, disse.

Fabrício Simões ainda enfatizou a importância das denúncias serem registradas nos órgãos oficiais da prefeitura. “A gente sempre pede ao cidadão, que caso se depare com qualquer situação que não seja normal em relação à alimentação do Complexo Hospitalar, para procurar os canais oficiais da prefeitura para fazer a denúncias. A gente costuma dizer que é como um boletim de ocorrência, fica registrado. Isso, inclusive, nos dá subsídios para tomar as providências jurídicas cabíveis. Por isso, a gente faz esse apelo”, explicou.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.