Os professores da rede particular de Belo Horizonte, que paralisaram as atividades nesta quarta-feira (30), rejeitaram em assembleia propostas dos empregadores. Com isso, nova paralisação foi marcada para terça-feira (5).
A categoria, liderada pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), acusa os donos de escolas particulares de tentar reduzir direitos da categoria. Entre as mudanças sugeridas pelos patrões estão a diminuição do adicional por tempo de serviço, a alteração da isonomia salarial, reajuste sem ganho real pela inflação, pagamento de abono parcelado e alteração nos períodos de férias e recesso entre dezembro e janeiro.
Segundo a presidente do Sinpro Minas, Valéria Morato, a paralisação das atividades, nesta quarta, foi necessária para que a discussão acontecesse. “O professor trabalha de manhã, tarde e noite, não tem outra possibilidade [de discutir o assunto] a não ser com paralisação”, disse.
Uma nova paralisação foi marcada para na próxima terça-feira (5), quando os professores se reúnem no Sinepe, às 14h, para acompanhar negociações, e depois vão para a ALMG, onde está programada uma assembleia da categoria às 17h.
Proprietários de escolas rebatem acusações
O superintendente do SinepeMG (sindicato que representa as escolas particulares de Minas Gerais), Paulo Leite, afirma que as negociações entre escolas e professores envolvem muitas pautas. Ele informou que 90% das escolas associadas são micro e pequenas empresas com orçamento restrito, o que dificulta grandes mudanças sem afetar diretamente a saúde financeira das companhias.
“O SinepeMG pretende atingir a valorização do profissional, com o reconhecimento de sua ótima entrega, de acordo com a dinâmica e a proposta de cada instituição particular, dentro de suas possibilidades e limitações”, informou Leite.