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Impasse: construção de ciclovia no Centro de BH é comemorada por ciclistas e criticada por moradores

Cicloativistas comemoram a construção, mas apontam que está longe do ideal; moradores da região Centro-Sul reclamam de entulhos e falta de sinalização

PBH deve construir 15 quilometros até o fim do ano

Enquanto ciclistas cobram mais rapidez da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na instalação de novas faixas exclusivas para eles, comerciantes protestam contra a instalação de ciclovia no Barro Preto, Região Centro-Sul da cidade. Eles alegam que o local, com grande concentração de lojas, perderá muitas vagas de estacionamento rotativo. A capital deve ganhar ainda neste ano mais 12 quilômetros de ciclovias, inclusive, na área central.

Conforme a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), as ruas e avenidas de Belo Horizonte contam hoje com cerca de 105 quilômetros de ciclovias por toda a cidade.

“A prefeitura está muito longe da meta estabelecida pelo plano de mobilidade da cidade que estipulou para implementação de infraestrutura cicloviárias. A gente tem uma meta, para 2030, de mil quilômetros de ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas na cidade. Hoje, estamos chegando perto de 130 quilômetros”, disse integrante do grupo BH em ciclo Guilherme Tampieri.

Ele aponta que a PBH precisa se alinhar às grandes diretrizes nacionais e internacionais de mobilidade urbana, valorizando a utilização da bicicleta e da mobilidade a pé. “Assim, a gente reduz emissões de gases de efeito estufa, que estão diretamente ligadas à utilização do automóvel”, complementou. Mesmo assim, comemora os avanços dos últimos anos.

Por outro, moradores e comerciantes de regiões onde as faixas são implementadas reclamam. “O problema da ciclovia é que ela está mal acabada e não tem sinalização… Já faz meses que essa obra no Barro Preto está acontecendo. Ela está causando atropelamentos e quedas de idosas. As senhoras estão com medo das bicicletas, porque elas passam em alta velocidade”, disse o presidente da associação de moradores do Barro Preto, na região Centro-Sul de BH, Eduardo Ribeiro.

Alguns moradores ainda chamam a atenção para a sujeira e para o tumulto provocado pelas obras. “Eles não limparam entulhos”, acrescentou. Além da ciclovia, eles temem a possibilidade da implementação de uma faixa exclusiva de ônibus. “Isso será horrível para os moradores e para o comércio. O bairro perderá vagas rotativas em um bairro que não tem estacionamento suficiente para atender à demanda”.

Por meio de nota, a BHTrans informou que a obra da ciclovia da avenida Augusto de Lima está praticamente concluída e que, neste momento, estão sendo realizadas obras de acessibilidade para pedestres como rebaixos e travessias. A previsão de conclusão total da obra é setembro de 2023.

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