Um idoso de 62 anos foi preso nesta terça-feira (22) acusado de estuprar uma adolescente autista de 16 e de abusar sexualmente de outras 25 vítimas em Bocaiúva, no Norte de Minas. Ele foi detido novamente em casa no distrito de Terra Branca, zona rural do município, onde os crimes teriam ocorrido.
Segundo as investigações, o abuso à menor ocorreu no dia 8 deste mês. À época, o idoso foi preso em flagrante após a vítima contar para a professora de apoio o que vinha sofrendo e que teria recebido do autor R$ 5 para não falar sobre o caso, mas após ser preso ele foi colocado em liberdade condicional. Outras vítimas foram descobertas após seis mulheres decidirem procurar o quartel da PM na cidade assim que tomaram conhecimento pela imprensa que o homem teria violentado a adolescente autista como explica o capitão Michael Stefan da Silva.
“Novas vítimas compareceram ao quartel da Polícia Militar e fizeram novas denúncias, podendo chegar a 25 mulheres que foram estupradas por esse cidadão enquanto tinham entre 4 e 8 anos de idade. A partir dessas informações é a polícia militar e a polícia civil iniciaram novas diligências e também novas investigações”, relata o militar.
As denúncias relataram que a mãe do acusado era muito querida na comunidade e que ela tomava conta de várias crianças, mas quando a mulher saía de casa o autor cometia os abusos e em seguida dava presentes como maquiagem, dinheiro ou balas para que não comentassem sobre o fato. As vítimas disseram também que passaram todo esse tempo sem denunciar os estupros por vergonha e medo de represálias e julgamentos.
A Polícia Civil instaurou inquérito e cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão temporária contra ele. Na residência foram apreendidos quatro celulares e preservativos. A investigação continua e serão feitas novas coletas de provas para apurar o crime.
“Fazemos um chamado para se caso houver novas vítimas que possivelmente tenham sido abusadas pelo indivíduo, que compareçam ao quartel para colhermos informações e instaurar os procedimentos cabíveis”, reafirma a polícia.