A Polícia Civil aguarda a Interpol confirmar a
O advogado Bruno Luiz de Souza Silva, que representa Alef Teixeira de Souza, negou a prisão do seu cliente durante a coletiva de imprensa da Polícia Civil nesta segunda-feira (14), onde os policiais deram detalhes sobre a investigação e os últimos passos de Alef até ser detido na Costa Rica.
O advogado afirma que ligou para Alef assim que ficou sabendo da possível prisão. Ele alega que conversou com o acusado na manhã desta segunda e que o suspeito está livre, mas deve se apresentar à Justiça “a qualquer momento”. Segundo o defensor, Alef estaria no Brasil e não na Costa Rica, mas ele não confirmou em qual local o suspeito está.
Em entrevista à Itatiaia, o delegado Marcelo Franco, responsável pelo caso, afirma que a informação da prisão de Alef chegou até à Polícia Civil por meio do Ministério Público. Ele afirma que os investigadores aguardam a Interpol enviar mais informações sobre a prisão do investigado.
“Queremos dar uma posição definitiva à sociedade. A prisão desse indivíduo é prioritária para a Delegacia de Ipatinga. Se a informação que veio da Interpol não for verídica, cabe entender como chegou essa informação e, se for o caso, continuar diligenciando para que esse mandado seja cumprido.”
Detalhes da operação
O delegado Marcelo Franco conta que o trabalho de inteligência da Polícia Civil descobriu que Alef deixou o Brasil no dia 15 de junho, pelo Uruguai. A partir daí, foi acionado o “procedimento de fusão vermelho”, em que o mandado de prisão foi lançado no sistema da Interpol e ele passou a ser considerado foragido internacional. A partir desse momento, a Polícia Federal também passou a atuar junto com a Polícia Civil e o Ministério Público mineiros.
“Ele também sai do Uruguai, porque viu que ali não tinha como permanecer, por estar muito próximo do Brasil. Aí ele vai pra mais longe ainda, que é a Costa Rica. Mesmo lá, o braço forte da Justiça alcança. Isso mostra que a resposta penal vem porque os agentes estão empenhados em fazer com que a lei seja cumprida”, completa o delegado.
Segundo a equipe, a informação recebida da Interpol foi “bem inicial”, mas os investigadores esperam que
Relembre o caso
Rafaela Cristina Miranda Sales, de 34 anos, foi em 28 de abril deste ano em Ipatinga. A polícia civil informou que a mulher pode ter sido espancada por vários dias. Na casa da vítima havia gotejamento e marcas de sangue que indicam luta corporal. A perícia apontou ainda que Rafaela sofreu overdose e foi esganada.
De acordo com o delegado Marcelo Franco, ele seduzia as vítimas, chegando a morar com elas. “Apenas dois anos depois desse crime [de tentar matar uma ex-companheira em São Paulo], ele já praticou um feminicídio, dessa vez consumado. Essa jovem [Rafaela] era mãe de duas crianças que ficaram órfãs. Essa prisão é muito importante do ponto de vista da prevenção criminal porque ele iria fazer novas vítimas se permanecesse solto”, disse o delegado. As buscas foram feitas com o auxílio de autoridades policiais de vários países sul-americanos nos últimos meses.