Há uma semana, o Brasil se chocou com as imagens que mostram a jovem de 22 anos sendo deixada, inconsciente, na porta de casa no bairro Santo André, região noroeste de Belo Horizonte, após um show no Mineirão, na Pampulha. Pouco tempo depois, um homem passa e leva a vítima nas costas até um campo onde ela foi abusada por cerca de 3 horas. Veja o que se sabe até o momento sobre o caso
O motorista de aplicativo
Nesse domingo (6), programa do Fantástico teve acesso às informações do depoimento do motorista de aplicativo. Conforme a reportagem, ele confirmou que a jovem estava acordada quando entrou no veículo mas “não estava muito bem, estava escorada no homem.”
Foi então que ele teria perguntando, pela segunda vez, ao amigo se ele não iria acompanhá-la. O jovem teria dito que não e que teria compartilhando a corrida com o irmão da vítima.
Ao chegar na casa da jovem, o motorista disse que a passageira estava “desacordada, estava dormindo”. Ele disse que ligou sete vezes para o amigo da jovem que pediu a corrida. “Eu interfonei umas três casas, eu acho, interfonei 101, 102…”, disse em depoimento.
Depois disso, de acordo com o depoimento, o motorista deixa a jovem e vai embora “atrás de um isotônico para comprar para a passageira”. Contudo, não havia nenhuma farmácia aberta na região.
Por volta das 3h43, as imagens do circuito de segurança que o Fantástico teve acesso mostram o motorista voltando até o endereço da jovem. Como ele não a encontrou, resolveu “ir embora pensando que a passageira já tinha entrado em casa”, disse em depoimento.
Ao Fantástico, a 99 enviou uma nota informando que ele motorista não entrou em contato com a 99 pela Central Ajuda do app e não acionou o Botão de Emergência que efetua a ligação para 190.
Conforme a Itatiaia informou na semana passada, no dia que o motorista prestou depoimento, ele entregou o
A delegada que investiga o caso, Danúbia Quadros, da Divisão Especializada de Crimes contra Mulher, Idoso e Pessoa com Deficiência, disse que ele pode responder por abandono de incapaz e omissão de socorro.
O amigo, o irmão e o motociclista
A irmã ainda defendeu o amigo que chamou o motorista de aplicativo para a vítima e o irmão que não atendeu as ligações por estar dormindo. Segundo ela, a
Já o irmão não sabia que a vítima estaria chegando do show de madrugada e não havia nada combinado. A irmã conta que ele está mal e se sentindo culpado pelo que aconteceu.
Em entrevista ao Fantástico, a delegada Danúbia Quadros informou que a polícia não trabalha com a responsabilização do motociclista e do amigo.
Suspeito de estupro continua preso
O homem suspeito de ter
Vítima pode ter sido dopada
Nessa terça (1º), a reportagem da Itatiaia a irmã da vítima contou que suspeita que ela possa ter sido drogada. “Eu tenho desconfiança que ela tenha sido dopada durante, ou antes, do trajeto do aplicativo”, disse.
Relembre a linha do tempo do crime
2h46: a vítima embarca no carro de aplicativo, desacompanhada, em direção à sua residência. O trajeto da corrida foi compartilhado com o irmão da vítima jovem;
3h: o veículo de transporte por aplicativo estaciona em frente à casa da vítima. O condutor desce do carro e tenta usar o interfone do prédio. Aparentemente, ele tenta realizar ligações;
3h10: o motorista chama um indivíduo que passava pela rua, os dois retiram a vítima desmaiada do banco de trás e a deitam na calçada. Depois disso, o motorista tenta chamar alguém pelo interfone;
3h17: o motorista deixa a jovem sozinha e segue caminho;
3h22: um homem de estatura mediana, trajando bermuda jeans clara, blusa escura se aproxima da vítima;
3h24: ele coloca a mulher em seu ombro, carregando-a sentido à rua Garças, seguindo para o campo de futebol Grêmio Mineiro;
7h07: o suspeito deixa o local sozinho.