O acidente com o
“O que está acontecendo que está levando a esses acidentes? Às vezes, um acidente acontece não apenas por um motivo, mas por vários: desatenção dos motoristas, falta de manutenção ou desrespeito a uma regra específica. Portanto, é importante que os órgãos responsáveis investiguem quais são as causas específicas desses sinistros e busquem atuar de maneira direta”, disse.
O mês de maio registrou o maior número até agora. Foram quatro somente no dia 19, em Betim e Belo Horizonte. Dezessete pessoas ficaram feridas.
Dois dias depois, em 23 de maio, dois acidentes graves resultaram em uma morte e 24 feridos em Belo Horizonte: um na avenida Pedro I, na região de Venda Nova, e outro na avenida Antônio Carlos, onde uma mulher de 50 anos morreu após ela ser atropelada por um ônibus na linha do Move.
A Itatiaia aguarda posicionamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (SINTRAM), a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo de Minas.
Sequelas
Mariana Ferreira Dias, de 44 anos, é uma das vítimas desses acidentes. A colisão entre os coletivos da linha 500 (Terminal Morro Alto/Belo Horizonte) e 418R (Terminal São Benedito/Barro Preto) ocorreu em maio, na avenida Pedro I, próximo ao bairro São João Batista, em Venda Nova. Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 20 pessoas ficaram feridas.
Ela teve a bacia esmagada só deixou o hospital no fim do mês passado. Mesmo assim, ela procurou a Itatiaia nesta sexta-feira e relatou que o drama está longe do fim. Isso porque até hoje não conseguiu retirar a ‘gaiola’ usada para corrigir a fratura. Ela aponta descaso do hospital Risoleta Neves.
“Primeiro, pediram para eu voltar em oito semana. Depois, em seis e, em seguida, duas. Estou aqui desesperada, preciso tirar isso hoje, eu moro sozinha”, disse, aos prantos.
Ela disse que um profissional informou que ela poderia aguardar até às 17h, mas sem nenhuma garantia que o procedimento fosse feito. “Estou de jejum desde ontem (3)”, lamentou.
A reportagem entrou em contato com o hospital Risoleta Neves que informou que o caso está sendo avaluado. Confira a nota completa
“A paciente, devido a um acidente de ônibus ocorrido em (23), deu entrada no Pronto-Socorro do Risoleta com lesão no quadril/na bacia. Nesse dia ela foi atendida e foi necessário colocar um fixador externo. Ela ficou internada por um longo período e, após a alta hospitalar, foi orientada pela equipe assistencial a retornar ao Ambulatório de Egressos Cirúrgicos para acompanhamento do seu quadro de saúde. Nos retornos ao Hospital a equipe orientou sobre os cuidados com o fixador, pois ainda não havia condições adequadas para a sua retirada. Hoje (4), ela veio para uma nova avaliação. Não havia agendamento para a retirada do fixador, pois isso só ocorre quando há condições clínicas adequadas da paciente e vaga no Bloco Cirúrgico – exigindo agendamento prévio. O procedimento foi agendado para o dia 18, mas ela se recursa a deixar o Hospital e deseja que a retirada do fixador seja antecipada para hoje. Diante desse contexto, a equipe está avaliando a viabilidade de remanejamento de cirurgias agendadas no Bloco Cirúrgico para atender a demanda dessa paciente. Entraremos em contato com a Itatiaia para a atualização do caso assim que possível”