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Mulher que teve bacia esmagada após batida do Move Metropolitano em BH enfrenta dificuldades

Mariana Ferreira Dias estava em um dos ônibus que se envolveu em acidente com outro Move na avenida Pedro I, em Venda Nova; Saritur afirma que está à disposição da vítima

Acidente envolveu dois ônibus do Move Metropolitano

Após mais de dois meses, uma vítima de um acidente entre dois ônibus do Move Metropolitano denuncia falta de assistência da empresa Saritur. A colisão entre os coletivos da linha 500 (Terminal Morro Alto/Belo Horizonte) e 418R (Terminal São Benedito/Barro Preto) ocorreu em maio, na avenida Pedro I, próximo ao bairro São João Batista, em Venda Nova. Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 20 pessoas ficaram feridas.

Mariana Ferreira Dias, de 44 anos, estava em um dos ônibus envolvidos no acidente. Em entrevista a Itatiaia, a mulher afirmou que está indignada pela falta de assistência da empresa responsável pelo coletivo. Ela já fez três cirurgias no Hospital Risoleta Neves e tem mais uma prevista para o início de agosto.

“O ônibus estava lotado, então eu sentei nessa parte da escadinha (da porta) onde amassou toda. Três pessoas ficaram gravemente feridas, eu sou uma delas. Eu não imaginava que ia ficar nessa situação, presa às ferragens.”

A passageira não consegue mais andar, pois teve um esmagamento total da bacia, que foi reconstruída com titânio. Segundo as enfermeiras que atenderam Mariana, ela chegou ao hospital “quase morta”.

“Minha perna direita teve um rasgo do joelho até em cima. Eu passei por várias cirurgias por conta dessa perna. Teve que abrir ela porque, na primeira vez, os pontos abriram toda e infeccionou. As enfermeiras falaram que cabia uma mão dentro da minha perna de tão aberta que estava.

A indignação de Mariana Ferreira Dias é grande contra a Saritur. Ela afirma que a empresa não entrou em contato nem ofereceu nenhum tipo de assistência. A jovem sente que, para a Saritur, ela não existe.

“Eu fiquei uns oito dias no CTI, vendo gente morrer do meu lado. Fiquei 40 dias de barriga para cima no hospital. Eu voltei para casa porque me falaram que seria melhor, só que se eu estivesse no hospital eu estaria mais assistida, teria menos despesa. Em casa eu tenho a despesa da cuidadora. Eu não tenho de onde tirar dinheiro.

Posicionamento

Em nota à Itatiaia, o Sindicato de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) informa que a empresa associada acompanha o processo e as vítimas envolvidas. Segundo o Sintram, Mariana Ferreira Dias está qualificada como “envolvido 24" no boletim de ccorrência, mas o sindicato alega que o boletim não trazia dados que permitissem a sua localização, como telefone ou endereço.

A nota afirma ainda que, no dia 25 de maio, um representante da Saritur esteve no Hospital João XXIII, mas não encontrou informações sobre a entrada de Mariana na instituição. A empresa informa que está à disposição caso ela necessite de apoio.

Apaixonado por rádio, sou um bom mineiro que gosta de uma boa conversa e de boas histórias. Além de acompanhar a movimentação do trânsito, atuo também na cobertura de vários assuntos na Itatiaia. Sou apresentador do programa ‘Chamada Geral’ na Itatiaia Ouro Preto.