O número de empresas que pediram recurso de recuperação judicial é maior do que no ano passado. Já são 47 pedidos neste ano contra 34 no mesmo período de 2022. Segundo o analista e economista do Serasa Luiz Rabi, a quantidade de dívidas acumuladas ao longo dos últimos anos é a razão.
“As empresas foram acumularam uma quantidade enorme de dívidas, junto aos bancos e aos fornecedores, que não foram pagas. E, quando essas dívidas se acumulam, chega uma hora que as empresas acabam ficando à beira da insolvência. Assim, começam a aparecer os pedidos de recuperação e de falências”, disse o especialista.
Segundo ele, o desequilíbrio econômico mundial também é justificativa para os pedidos de falência e recuperação judicial. “A inflação disparou não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Todos os bancos centrais, inclusive, no Brasil tiveram que subir taxa de juros. O aumento das taxas de juros fez com que as empresas tivessem mais dificuldade em quitar as dívidas”, acrescentou.
O economista diz que a falta de dinheiro dos consumidores também implicou na quebra de empresas. “Quando o consumidor fica com o seu poder de compra prejudicado, ele fica inadimplente. E, quando o consumidor fica inadimplente, ele não está pagando alguma empresa”, finalizou.