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Mãe presa após morte de bebê em Ouro Preto (MG) pode ir ao enterro da filha, decide Justiça

Casal foi preso após criança ser encontrada morta com sinais de violência física e sexual; desentendimento entre Justiça e Sejusp revoltou familiares

Cama de onde bebê teria caído, segundo versão do pai da criança

A Justiça autorizou que a mãe da bebê de 6 meses que morreu com sinais de violência física e sexual no sábado (1º), em Ouro Preto, na região Central de Minas, esteja presente no enterro da filha. A mulher e o marido, pais da vítima, estão presos e são suspeitos do crime.

Na decisão que manteve o casal preso, a juíza plantonista Vânia da Conceição Pinto Borges atendeu ao pedido da defesa da mãe, Jasmim Vitória dos Santos, para participar do velório da filha, desde que fosse conduzida e escoltada por policiais penais.

Segundo o advogado da mãe, Wener Geraldo Carneiro, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) chegou a alegar que não poderia levar a mulher, presa em Vespasiano, até o velório em Ouro Preto. Porém, após questionamentos, a pasta confirmou que já está providenciando o transporte até o funeral do bebê.

Vaneza Gomes, irmã de Jasmim Vitória, afirmou que a família está destruída com a morte do bebê e com os desentendimentos entre Justiça e Sejusp. Ela afirma que a irmã é inocente e que Maya só será sepultada com a presença da mãe.

“Todo mundo em Ouro Preto sabe o cuidado que a Jasmim tinha com a filha. Minha irmã tá sem chão, pedindo pra ver a filha dela pela última vez, poder enterrar a filha dela. Ela está de coração partido. Ela é inocente.”

Relembre o caso

Uma bebê de seis meses morreu na noite desse sábado (1º) em um hospital de Ouro Preto, na região central de Minas, com suspeita de violência física e sexual. Os pais, de 21 e 29 anos, foram detidos. De acordo com a polícia, a criança deu entrada na Santa Casa em parada cardiorrespiratória. Os socorristas fizeram atendimento, mas 30 minutos depois o bebê faleceu.

A mãe de 21 anos e o pai de 29 disseram à equipe médica a pequena havia caído. Mas as feridas no rosto da menina chamaram a atenção dos médicos. Isso porque os hematomas eram incompatíveis com a suposta queda. Os machucados indicavam uma possível agressão feita cerca de dois dias antes. Os médicos também encontraram indícios de violência sexual.

Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.