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Morte de bebê de 6 meses em Ouro Preto: familiares divergem sobre versão de que a menina caiu da cama

Os pais da criança foram presos nesse domingo (2); menina deu entrada no hospital com sinais de violência física e sexual

Local onde teria ocorrido o acidente, segundo os pais

A dor da perda precoce se mistura ao sentimento de consternação e revolta. Assim é o clima durante o velório, nesta segunda-feira (3), do corpo da bebê de seis meses que morreu em um hospital de Ouro Preto, na região central de Minas, com suspeita de violência física e sexual.

De um lado, familiares do pai da criança acreditam na versão do casal de que a menina caiu da cama. Do outro, parentes da mãe dizem que creem que houve agressão e pedem investigação minuciosa. O sepultamento ocorrerá às 17h.

Na noite de sábado (1º), a criança deu entrada na Santa Casa em parada cardiorrespiratória. Os socorristas fizeram atendimento, mas 30 minutos depois o bebê faleceu.

A mãe de 21 anos e o pai de 29 disseram à equipe médica a pequena havia caído. Mas as feridas no rosto da menina chamaram a atenção dos médicos. Isso porque os hematomas eram incompatíveis com a suposta queda. Os machucados indicavam uma possível agressão feita cerca de dois dias antes. Os médicos também encontraram indícios de violência sexual.

Aos policiais, a mãe relatou que a criança estava com o pai e não viu o momento do acidente. Já o homem disse que foi buscar um lanche na cozinha quando e, quando voltou, ela estava no chão.

Ontem (2), os pais da bebê Foram presos. “Após os trabalhos de polícia judiciária, eles foram encaminhados ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça”, informou a corporação. “A PCMG esclarece que a investigação prossegue visando a completa elucidação do crime”, finalizou a nota.

A reportagem da Itatiaia foi até a casa do casal, onde pode ver a cama que os pais dizem que ela caiu. Um familiar, que preferiu não se identificar, disse que encontrou a criança no sábado (1º) e que não percebeu de estranho.

O pai teria dito que o hematoma no rosto da criança foi causado por um tapa para tentar reanimar a vítima após a queda.

Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.