O empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, investigado pela morte da modelo brasileira Emmily Rodrigues Santos Gomes, 26 anos, que caiu do sexto andar de um apartamento em Buenos Aires, Argentina, foi denunciado pela Justiça por oferecer drogas para a brasileira e também por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e posse ilegal de arma.
As informações são do jornal La Nacion desta quinta-feira (28). O empresário está proibido, por decisão judicial, de deixar o país. Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica.
No dia 18 de abril, o empresário foi solto após o juiz entender que houve falta de mérito no processo e, por conta disso, ordenou a “libertação imediata” de Sáenz Valiente, que estava preso desde o dia 30 de março, poucas horas depois da morte da brasileira.
“A ação típica praticada por Francisco Sáenz Valiente consistiu em ter facilitado os entorpecentes, colocando-os à disposição da modelo brasileira e outras três mulheres que estiveram no apartamento do empresário na madrugada de 30 de março”, detalha decisão do tribunal.
Nessa quarta-feira (28), 25 amostras de sangue e sêmen foram encontradas em preservativos, lençóis, travesseiros e até no espartilho que Emmily usou na manhã do crime.
Para a denúncia, os resultados reforçam a hipótese de que o empresário mentiu quando disse que não manteve relações sexuais na manhã do crime. Para o tribunal, as provas são suficientes para sustentar a acusação de homicídio culposo.
O advogado da família da modelo brasileira disse que todos estão felizes com o resultado da Justiça.
“Estamos muito satisfeitos com a resolução dos desembargadores do Tribunal da Relação porque permite que continue a ser realizada uma investigação de forma a salvaguardar as garantias da vítima ", disse ao La Nacion o advogado da família.