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Professor é investigado por incentivar suicídio de alunos em sala de aula

Alunos teriam ficado fragilizados após falas do professor em sala de aula

Alunos teriam ficado fragilizados após falas do processor em sala de aula

Um professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais em Barbacena, na Zona da Mata, está sendo investigado por incitar suicídio em sala de aula. O caso aconteceu na quarta-feira (14).

Os alunos relataram à polícia que o professor teria induzido a turma ao suicídio, citando inclusive o caso da escrivã da Polícia Civil que foi encontrada morta na última sexta-feira (9) em Antônio Carlos, Minas Gerais. Segundo informações do boletim de ocorrência, os alunos ficaram fragilizados após o professor afirmar, em sala de aula, que eles “não iriam dar em nada”. "É melhor vocês fazerem como a Escrivã da Polícia Civil fez dias atrás”, continuou. Após os comentários, uma aluna teve uma crise de ansiedade e saiu de sala aos prantos.

Em depoimento, alunos disseram que o professor fez comentários sexuais constrangedores. Uma aluna afirma ter sido ofendida pelo professor alegando que “seria melhor que ela fosse prostituta do que iniciar uma graduação”.

Durante o depoimento, os alunos afirmaram que o professor disse que todos “estudam igual mulher na relação sexual, que finge gozar para acabar rápido”.

Fontes ligadas à Itatiaia relatam que o professor, que possui processos administrativos na corregedoria, disse que não teve a intenção de induzir os alunos ao suicídio e que é contra atos que fomentam esse tipo de conduta.

O professor foi conduzido e liberado após prestar depoimento. Por se tratar de uma ocorrência em uma instituição federal, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Federal de Juiz de Fora.

O IF Sudeste MG, Campus Barbacena disse, por meio de nota, que condena todo tipo de ofensa à dignidade de qualquer pessoa e que o caso será encaminhado para a Corregedoria da instituição.

“O Instituto condena todo tipo de ofensa à dignidade de qualquer pessoa, membro de nossa comunidade ou não, e ratifica a missão de oferecer educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva, e, portanto, defende uma educação libertadora e que incentiva o desenvolvimento humano e social.

Até o fechamento desta nota, a instituição trabalhava no encaminhamento da denúncia em questão para a Corregedoria do IF Sudeste MG, setor responsável pela apuração de ilícitos administrativos cometidos por servidores, assegurando o contraditório e a ampla defesa, conforme legislação vigente. Se confirmada a conduta ilícita, a instituição imediatamente aplicará as sanções previstas.

Os setores competentes da instituição já estão se mobilizando para oferecer apoio aos estudantes, familiares e servidores envolvidos.

Em âmbito criminal, a instituição está acompanhando as investigações e permanece à disposição para contribuir com as autoridades.”

Com informações da repórter Marcela Oliveira

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