Começa a manhã desta quinta-feira (18), no Fórum de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, o julgamento de Guilherme Souza Faria, acusado de tentativa de homicídio por atropelar o cabo da Polícia Militar (PM) Cleófas Barreto, em fevereiro do ano passado.
Segundo o boletim de ocorrência, o rapaz, que tinha 18 anos na época, passava em uma moto pela Avenida Kennedy, com um adolescente de 15 anos na garupa, quando foi abordado pela polícia em uma blitz. O condutor não teria parado, e jogado o veículo para cima do policial, que bateu a cabeça e o ombro em um poste.
O motociclista acabou preso e o menor de idade apreendido, enquanto o militar foi levado em estado grave para o Hospital João XXIII, com traumatismo craniano e a clavícula quebrada. Atualmente, ele se recuperou e acompanha o julgamento em Nova Lima.
Família de jovem não concorda com acusações
Durante o julgamento, a tia de Guilherme, Gisele Araújo Faria, afirmou que a prisão do jovem é uma injustiça, e discordou da acusação de tentativa de homicídio. A tia alegou que Guilherme “agiu por impulso de adolescente” e disse que ele “já pagou pelo crime cometido”.
“Ele não deveria estar lá esse tempo todo, do jeito que está, são dois pesos, duas medidas. Foi um acidente de trânsito, ele é réu primário, o menino tinha acabado de fazer dezoito anos. Ao mesmo tempo que tem uma família do lado de lá que sofreu, estamos nós da nossa família sofrendo esse tempo todo, sem acesso ao nosso sobrinho. Sou extremamente a favor da justiça, que ele pague pelo erro que ele cometeu, ter fugido e não obedecido ordem de parada. Qualquer leigo sabe que uma pessoa não pode ficar presa esse tempo todo sem julgamento”, argumentou a tia, que também de madrinha de Guilherme.
