Após anúncio da Petrobras de que o preço médio do gás vai cair em 21,3%, nesta terça-feira (16), belo-horizontinos afirmam que a diferença vai ser importante para o bolso, mas que não acreditam na redução do preço.
Na manhã desta quarta-feira (17), a reportagem da Itatiaia foi para as ruas da capital para ouvir a expectativa da população. Maurício contou que costuma comprar um botijão a cada três mesmo com o preço de R$125.
“Até hoje não comprei gás nesse preço [abaixo de R$100], se fosse assim eu fazia até estoque. Se cair vai ajudar. É conversa lero-lero, cai nada”, afirma o consumidor.
Ariana, que trabalha com revenda do gás, explica que o preço ainda não caiu nas revendedoras porque o gás com o novo preço ainda não chegou. Entretanto, ela garante que assim que o novo estoque chegar, a redução do preço será toda repassada para o consumidor final.
“Todos os dias os clientes ligam perguntando se o gás já caiu o preço. O que eu explico é que primeiro o gás sai da Petrobras, da refinaria, vai para a envazadora e de lá que vem para cá. Então o estoque que temos aqui é o antigo, ainda não veio com o valor da queda. Quando o gás de valor menor chegar, a gente repassa com a queda para o consumidor final”.
Consumidor pode demorar a sentir a queda no preço do gás
A redução no preço do botijão, confirmada nesta terça-feira (16) pela Petrobras, animou muitas pessoas, mas o consumidor pode demorar a sentir alívio no bolso.
A economista e professora de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carla Beni, afirma que a população precisa entender que a redução de 21,3% do gás é nas refinarias. Como o botijão passa por várias mãos até chegar ao consumidor final, o preço de venda pode cair menos do que o esperado ou até mesmo se manter o mesmo.
“O preço final é afetado por muitas variáveis. A redução de 21,3% na refinaria não significa que o botijão vai cair 21,3% no distribuidor de bairros. Se o revendedor de gás não fizer essa transferência e decidir absorver a diferença como lucro, você vai pagar o mesmo preço final que paga hoje. Depende de muitas coisas.”
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*com informações do repórter Célio Ribeiro e entrevistas da repórter Alessandra Mendes
