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Ex-prefeita de Santa Luzia celebra absolvição de acusação de assassinato: ‘justiça foi feita’

A ex-prefeita afirmou que pretende recorrer às acusações de desvio de dinheiro público

A decisão foi confirmada nesta terça-feira

O Fórum Cível e Fazendário inocentou a ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, das acusações de assassinato do jornalista Maurício Campos, dono do jornal O Grito, em agosto de 2016. A decisão foi confirmada nesta terça (9).

Roseli e Alessandro de Oliveira Souza, filho de um funcionário de confiança da prefeita, foram condenados por desvio de verba pública.

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Em conversa à reportagem da Itatiaia, a ex-prefeita comenta que o sentimento que fica após a decisão é de que ‘a justiça foi feita’. Além disso, afirma que pretende buscar alguma forma de ressarcimento pelos danos causados pelas acusações.

“Não vejo que fui absolvida, vejo que fui inocentada. Vamos ver a culpabilidade dos poderes de alguns órgãos estaduais, que usaram a fé pública para fazer essa denunciação caluniosa e deixar, não só eu, como outros réus presos por 6 anos sem trabalhar”, conta, Roseli.

A prefeita celebrou a decisão da Justiça é salienta que agora é momento de esfriar a cabeça e avaliar com os advogados os próximos passos a serem tomados. Segundo a assessoria do Fórum, a defesa da ex-prefeita pretende recorrer por conta da condenação por desvio de dinheiro público.

“Desde o início venho falando para as pessoas da minha inocência, é claro que uma certa oposição política de Santa Luzia, um grupo político que surgiu depois que Calisto morreu, um grupo muito ruim, mal de coração, fizeram determinadas coisas que, de prefeita eu me tornei a mandante de assassinato. Agora tudo isso caiu por terra”, completa.

Roseli conta que está aliviada e que a decisão foi uma resposta para os eleitores de Santa Luzia.

Relembre o caso

A ex-prefeitura de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel era acusada de ter encomendado e financiado a morte do jornalista Maurício Campos Rosa, dono do jornal O Grito, morto em agosto de 2016. O repórter apoiava a eleição de Roseli em seus jornais, mas, em determinado momento, Maurício teria exigido um pagamento extra para não divulgar supostas irregularidades descobertas por ele.

A prefeita passou a ser considerada suspeita do crime após funcionários da prefeitura denunciarem que os pertences do jornalista foram encontrados no gabinete de Roseli. Documentos no computador da vítima revelavam ameaças e negociações entre ele e a prefeita.

Roseli Pimentel chegou a ser presa preventivamente em 2017, mas foi solta após conseguir um habeas corpus. Sua chapa foi condenada em 2017 e 2018 por irregularidades no financiamento da campanha. Ela foi afastada do cargo e a Câmara de Vereadores abriu um processo de cassação do mandato, que foi encerrado em maio de 2018 após Roseli renunciar ao cargo.

A prefeita teve o seu primeiro mandato cassado em dezembro de 2016 por abuso de poder polícia e econômico. Segundo as denúncias, Roseli havia enviado mensagens para os diretores de escolas municipais pedindo que eles influenciassem pais de alunos durante as eleições. Roseli e o vice-prefeito foram declarados inelegíveis por oito anos, mas recorreram à decisão. Com essa liminar, Roseli se manteve no cargo.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.