A família do bebê que teve a cabeça arrancada durante o parto tenta ter acesso ao prontuário médico da criança.
Segundo a advogada Aline Fernandes, que representa os pais do bebê, o momento é de tentar entender o que de fato ocorreu e apurar a veracidade das informações que tem sido documentadas desde o início da gestação.
“Os prontuários médicos até o presente momento não foram entregues para família, já foram realizadas outras solicitações dentro do hospital, mas estão inviabilizando a entrega desses prontuários para família. É um receio que esses documentos sejam modificados, então estamos nesse momento de apuração e de aguardar. Nós precisamos dos laudos da necropsia tanto do bebê, tanto do exame pericial da Raniele, que é a genitora do bebê, para tomarmos as devidas providências”, conta, a advogada.
O caso está sendo apurado pela polícia civil, que abriu um inquérito. O corpo da bebê já passou por necropsia no Hospital das Clínicas, onde foi realizado o parto, mas foi encaminhado ao IML, onde passará por exames complementares. O Conselho Regional de Medicina também instaurou um procedimento para apurar o caso.
Além da esfera criminal, a família também deverá buscar uma reparação na esfera cível, segundo Aline Fernandes.
“A família busca a responsabilização criminal não somente da médica, mas também do hospital, que é público então versa sobre o estado e, também, vai buscar a reparação civil com base no texto constitucional, em que é previsto que toda aquele que causa dano a outrem deve reparar”, explica.
“Nenhuma reparação de danos e indenização vai trazer a vida da Emanuelle de volta. Era uma gestação muito esperada, um sonho para o pai, mas ainda assim se faz extremamente necessária”, completa, Aline.
Em nota à Itatiaia, o Hospital das Clínicas lamentou o ocorrido, prestou solidariedade à família e disse que vai apurar o caso.