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Denúncias contra suposto pai de santo sobem para 8; abusos eram cometidos durante ‘banho de purificação’

Líder religioso preso na Grande BH é acusado de usar da fé das vítimas para abusar sexualmente das fiéis; Polícia Civil pede para que vítimas oficializem denúncias

Oito mulheres, incluindo enteadas do suspeito, denunciaram o suposto pai de santo

O número de denúncias contra o suposto pai de santo suspeito de abusar sexualmente de fiéis subiu para 8, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil. Entre as vítimas, estão três enteadas do líder religioso.

De acordo com a nota divulgada pelo órgão, oito mulheres já oficializaram denúncias contra o suspeito. Entre elas, estão duas vítimas que compareceram nesta segunda-feira (10) à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Belo Horizonte e relataram terem sido abusadas durante “banhos de purificação”.

Em nota, a Polícia Civil confirmou que o suposto pai de santo, de 59 anos, é investigado por crimes sexuais contra mulheres e adolescentes, e segue preso. Será aberto um procedimento para apuração dos fatos a partir dos depoimentos das vítimas.

A Polícia Civil ainda pediu para que qualquer mulher que tenha sido vítima ou testemunhou algum ato cometido pelo suspeito procure uma delegacia e formalize uma denúncia.

Abuso contra fiéis e enteadas

O suspeito, de 59 anos, foi preso na última quarta-feira (5) em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem teria estuprado três enteadas dele, filhas da esposa dele. Uma dessas vítimas, inclusive, afirma que o líder religioso teria aproveitado a fragilidade da mãe, que fazia tratamento contra um câncer, para estuprar as enteadas.

Na última segunda (10), mais duas vítimas do suposto pai de santo oficializaram denúncia contra o suspeito. Elas acusam o homem de obrigá-las a participarem de “banhos de purificação” totalmente nuas. Durante os supostos rituais, o suspeito teria tocado o corpo delas e abusado sexualmente das vítimas.

Uma delas, que permaneceu extremamente nervosa durante a entrevista com a imprensa, contou que não acreditava nos boatos de abuso sexual por ver o líder espiritual como um “velho bonzinho e acolhedor”. A vítima só acreditou nos boatos após ser vítima de crime sexual.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.