Uma mulher de 29 anos, dita como a suposta tia adotiva das crianças abandonadas no bairro Lagoinha, foi presa na última segunda-feira (20) pela Polícia Civil.
Ela foi a um Posto Uai para buscar documentos, quando foi informada por agentes que havia um mandado de prisão em aberto contra ela. A mãe da suspeita, uma senhora de 60 anos, ainda é procurada.
Uma operação da polícia foi realizada na região Centro-Sul de Belo Horizonte e em uma área rural de São Joaquim de Bicas, de difícil acesso, em que foram usados drones para encontrar a senhora.
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As crianças, de 6 e 9 anos, são irmãs de menino de 4 anos que morreu com suspeita de maus-tratos na cidade de São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Conforme registro policial do dia 6 de fevereiro, a mãe disse que dormia com duas crianças em um quarto e o filho que morreu estava em outro.
A mulher contou que as crianças acordaram para fazer xixi e ela encontrou o filho mais novo caído de barriga para baixo, com os olhos roxos e sem responder aos chamados. Ela, então, teria chamado o suposto namorado, que estava no quintal, e levado o menino para a UPA, onde chegou morto. A mãe e o homem foram presos.
As crianças deram nomes falsos aos policiais, seguindo orientações da avó adotiva. Uma vizinha acionou a Polícia Militar (PM) para denunciar que elas estavam há três dias sem comida e banho.
A vizinha que encontrou as crianças afirmou nunca tê-las visto no prédio. No apartamento estavam duas mulheres, uma idosa e outra com cerca de 40 anos. À polícia, as crianças informaram que as mulheres são avó e tia adotivas.
Informações do repórter Felipe Quintella