Um vídeo que mostra integrantes da Galoucura invadindo um bar em Sete Lagoas, na região Central de Minas, para agredir cruzeirenses, provocou a expulsão de um membro da torcida e a suspensão de outro. As imagens foram gravadas no domingo (19). A decisão da torcida é baseada em acordo firmado com o Ministério Público.
Nas imagens, é possível ver o momento que os torcedores do Galo surpreendem os dois cruzeirenses, que estavam sentados em uma mesa e usavam uniformes de torcida organizada celeste. A dupla estava acompanhada de cinco mulheres e crianças.
As imagens mostram que os homens entram no local agredindo. Com isso, inicia-se uma briga generalizada. Em determinado momento, um dos homens usa uma cadeira de madeira do bar para bater no torcedor do time rival.
Confira as imagens
A Diretoria da Galoucura emitiu uma nota repudiando a ação e avisando que um dos suspeito foi expulso da torcida organizada e o outro foi suspenso por três meses.
Veja a nota completa
“A Diretoria do G.C.R.T.O GALOUCURA, diante do ajustamento do termo de conduta, vem a público informar que, após apuração do incidente do último final de semana, na cidade de Sete Lagoas, Rodrigo Miranda de Castro está EXPULSO da nossa torcida, mesmo não tendo seu cadastro regularizado perante a torcida, já está expulso por má conduta, algo que não condiz com a ideologia da nossa torcida, deixamos claro que não compactuamos e repudiamos qualquer ato ou atitude que venha prejudicar o andamento de nossa entidade, nosso foco é apoiar o Atlético.
Informamos também que o líder da Galoucura Sete Lagoas Andrey Filipe Gomes do Carmo, conforme o ajustamento de termo de conduta, está suspenso por 3 meses de qualquer atividade da torcida, seja viagens, eventos, e frequentar a sede da torcida.
Ressaltamos que a caminhada hoje é outra, estamos trabalhando em prol da entidade, não ACEITAREMOS nenhuma conduta que seja prejudicial a torcida, e que venha atrapalhar nosso trabalho.
Sem mais para o momento,
DIRETORIA TORCIDA GALOUCURA.”
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar (PMMG) que informou que foi ao local, mas não havia mais briga. Por isso, não foi feita nenhum registro de ocorrência.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, por meio de nota, que instaurou inquérito policial para apuração dos fatos. “A investigação, que ficará a cargo da Delegacia Regional de Sete Lagoas, visa identificar os suspeitos para a devida responsabilização criminal”, disse.
Por ser supostamente crime previsto no Código Penal (art. 137 - participar de rixa, salvo para separar os contendores), a ação penal pública é incondicionada, “ou seja, não precisa de manifestação de qualquer pessoa para+ ser iniciada. Além disso, há conexão com o Estatuto do Torcedor”, acrescentou.