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Mulher morre após ser internada por agressões na Grande BH, e namorado é o principal suspeito

Juliana Carla Tinoco Ferreira morreu nesta quarta-feira (22), um dia depois de ter sido agredida no bairro Jardim Alterosa, em Betim

Juliana Carla tinha 45 anos e trabalhava como operadora de telemarketing

Uma mulher de 45 anos morreu em um hospital, nesta quarta-feira (22), um dia após ser agredida no bairro Jardim Alterosa, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) como lesão corporal, e o namorado da vítima é o principal suspeito das agressões.

Identificada como Juliana Carla Tinoco Ferreira, a mulher foi levada à UPA do mesmo bairro por um homem na manhã de terça-feira (21). Após se identificar como um amigo de Juliana, ele deixou a unidade de saúde.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), agentes de segurança foram acionados no mesmo dia para a residência do suposto amigo por familiares da mulher. De acordo com a família da vítima, o homem, que tem 50 anos, se relacionava com Juliana há cerca de um ano e estaria escondido no imóvel onde as agressões teriam ocorrido.

À PM, a mãe do suspeito relatou que o filho saiu de casa na manhã de terça e, desde então, não foi visto. A idosa identificada pela polícia como Maria alegou que na ocasião das agressões, Juliana, a vítima, passou mal por ter abusado de bebidas alcoólicas, comportamento que, segundo ela, seria comum entre o casal.

De acordo com a PM, uma testemunha viu o momento em que o homem, a mãe e uma mulher não identificada colocaram o corpo de Juliana no carro do suspeito. Neste momento, a vítima estava desacordada, pálida e com os lábios roxos.

A irmã da vítima apresentou à polícia um receituário que confirma que ela sofreu lesão corporal grave. Ainda, um médico da unidade de saúde onde Juliana foi internada apresentou uma tomografia que mostra que ela teve um edema encefálico difuso, que pode ser definido como um inchaço no cérebro.

Família denuncia violência

Através das redes sociais, familiares de Juliana denunciaram o suposto namorado da vítima. De acordo com a irmã de Juliana, ela e o suspeito se relacionavam há cerca de um ano. No período, Juliana frequentemente aparecia na casa da mãe com hematomas no rosto e no corpo, mas negava que fossem causados pelo companheiro.

A irmã da vítima ainda relata que, durante a noite de segunda-feira (20), vizinhos do homem escutaram uma discussão entre o casal. “Ouviram ele brigando e batendo nela. Ela gritou e pediu ajuda gritando, mas ninguém chamou a polícia. Pouco depois da meia-noite, ouviram um barulho muito forte e depois silêncio”, contou à Itatiaia.

Ainda de acordo com a familiar da vítima, o suspeito só prestou socorro na manhã de terça-feira. “Ele foi colocar ela no carro para poder levar para o hospital. Ela já estava com a boca roxa, desacordada mesmo, porque já tinham passado 12 horas”, relatou. “Ele se apresentou como um amigo dela, foi embora e fugiu.”

A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar como lesão corporal e foi encaminhada para a Delegacia de Atendimento à Mulher de Betim. Segundo informações da PM, o homem já responde a quatro inquéritos por agressão verbal e no âmbito da Lei Maria da Penha.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Até o momento, o suspeito não foi encontrado.

Confira a nota da Polícia Civil na íntegra

A Polícia Civil informa que os fatos registrados na ocorrência de lesão corporal, nesta terça (21/2) à noite, estão em apuração e até o momento o suspeito não foi conduzido à delegacia.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.