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Manifestantes e metroviários contrários à privatização do metrô de BH ocupam sede da CBTU

Metroviários de Belo Horizonte estão em greve pelo segundo dia seguido

Manifestação ocupou sede da CBTU, na região Leste de Belo Horizonte

Metroviários e manifestantes de movimentos sociais ocuparam a sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), localizada no bairro Colégio Batista, região Leste de Belo Horizonte, no início da tarde desta terça-feira (16). O protesto é contrário à privatização do metrô da capital mineira, já concedido à iniciativa privada em dezembro de 2022.

A ação aconteceu pouco depois da assembleia dos metroviários sobre a greve. “Os participantes receberam a notícia que setores do movimento popular e estudantil ocupavam a sede administrativa da empresa fazendo uma manifestação contra a privatização do metrô e em favor dos direitos dos empregados”, informaram representantes do Sindmetro.

“Após aprovada continuidade da greve, os empregados decidiram se dirigir para a administração em passeata acompanhados pelo carro de som da Central Única dos Trabalhadores (CUT). (...) Não houve nenhum tipo de violência, mas o Diretor-presidente, Gustavo Barbosa, chamou policiais militares que chegaram fortemente armados”, acrescentaram em nota.

Imagens gravadas no local da manifestação mostram pelo menos três viaturas da Polícia Militar, acionadas para conter o protesto. De acordo com informações da PM, o apoio do Choque foi solicitado e os manifestantes foram dispersados por volta das 13h35.

Em nota, a CBTU definiu o ato como uma “invasão” e relatou que a força policial foi acionada pelo diretor-presidente, Gustavo Barbosa, para “evitar uma inflamação do movimento e resguardar a segurança do patrimônio público, do transporte público e, principalmente, a integridade física dos empregados da empresa”.

Ainda, a empresa destacou que a manifestação “não respeitou o direito de ir e vir dos funcionários da Companhia e tumultuou o local, com palavras de ordem e cantos políticos, impedindo o andamento do trabalho dos empregados que não aderiram ao movimento grevista”. Confira a nota completa no fim da matéria.

Greve do metrô de BH

O metrô de Belo Horizonte entrou, nesta quinta-feira (16), no segundo dia de greve com paralisação total das linhas. Todas as estações na Grande BH estão fechadas, deixando mais de 200 mil usuários sem o serviço de transporte.

Os metroviários se reuniram em assembleia nesta tarde, votando pela continuidade da greve, que pode continuar nos dias de Carnaval. Uma nova assembleia foi marcada para sábado (18) para reavaliar a situação.

Leia a nota do Sindmetro na íntegra

Hoje (16/2), enquanto a categoria realizava sua assembleia na Estação Central, os participantes receberam a notícia que setores do movimento popular e estudantil ocupavam a sede administrativa da empresa fazendo uma manifestação contra a privatização do metrô e em favor dos direitos dos empregados.

Após aprovada continuidade da greve, os empregados decidiram se dirigir para a administração em passeata acompanhados pelo carro de som da Central Única dos Trabalhadores, CUT.

Ao chegarem no local (sede administrativa) os portões estavam trancados com os manifestantes no pátio interno e não foram abertos para que nenhum membro da categoria entrasse. Os manifestantes que estavam no pátio da empresa nos relataram que chegaram e o portões estavam abertos e eles mantiveram-se lá pacificamente.

A preocupação dos movimentos populares é com a privatização e com o aumento no valor das passagens do metrô e com a consequente redução de usuários. Estes movimentos defendem a expansão pública do metrô e a redução no preço da tarifa.

Não houve nenhum tipo de violência, mas o Diretor-presidente, Gustavo Barbosa, chamou policiais militares que chegaram fortemente armados.

Passados cerca de 50 minutos, todos os participantes deixaram o local depois que os portões foram abertos. O Sindicato e vários companheiros registraram tudo para se precaverem de qualquer acusação de violência e depredação.

Leia a nota da CBTU na íntegra

A CBTU-MG foi invadida por manifestantes e o Diretor-Presidente acionou o apoio da Polícia Militar, a fim de evitar uma inflamação do movimento e resguardar a segurança do patrimônio público, do transporte público e, principalmente, a integridade física dos empregados da empresa.

A manifestação não respeitou o direito de ir e vir dos funcionários da Companhia e tumultuou o local, com palavras de ordem e cantos políticos, impedindo o andamento do trabalho dos empregados que não aderiram ao movimento grevista.

A Companhia respeita o direito de greve daqueles que aderem ao movimento, assim como o direito de quem opta pela continuidade do trabalho.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.