A Prefeitura de Betim decidiu por proibir a festas de Carnal nas margens da represa Várzea das Flores. Em
“Já tivemos cerca de 10 mil banhistas frequentando a orla, por dia, no período de Carnaval. A bacia não foi construída para lazer, uma vez que as vias de acessos e também da orla são vias estreitas e não possuem rede de drenagem. Os bares próximos ao espaço também estão proibidos de funcionar no período. É importante ressaltar que o local não possui rede de coleta de esgoto para tratamento. Diante disso, qualquer aglomeração de pessoas pode provocar degradação na represa, pois a água fica mais poluída e isso dificulta o tratamento para o consumo. As equipes de fiscais e de posturas também estarão presentes no local para garantir que mesmo que passe pelo entorno da lagoa para chegar a seu imóvel não consuma nenhum produto no local”, explica o superintendente municipal de Defesa Civil, Walfrido Lopes.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) enviou, na última sexta-feira (27), uma recomendação ao município alertando os riscos à preservação ambiental do local.
O documento apresentava os riscos de aglomerações, festividades ou práticas esportivas em torno da represa, além de medidas de fiscalização do entorno com participação de órgãos como Guarda Municipal, Defesa Civil e Polícia Militar.
Para o MP, a reunião de pessoas, invasões à orla e prática de esportes são consideradas situações de risco por possibilitar a produção de lixo, efluentes líquidos e resíduos sólidos, produção de fogo, supressão de vegetação e contaminação das águas do reservatório.
Leia mais:
O reservatório teve grande importância no abastecimento de água em cidades de Minas Gerais após a tragédia de Brumadinho, em 2019, que afetou a captação no Rio Paraopeba.