Dois homens acusados de participarem da Chacina de Tumiritinga, na região mineira do Vale do Rio Doce, foram condenados a 106 anos e oito meses de prisão cada um. Ainda restam mais quatro pessoas para serem julgadas. A chacina ocorreu em 2012.
O julgamento, ocorrido nessa quinta-feira (19), foi realizado realizado pela 1ª presidência do Tribunal do Júri de dois dos acusados pela Chacina de Tumiritinga. Os réus, sendo três executores e três mandantes, foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela prática de vários crimes, entre eles homicídio.
Os réus, Walter do Nascimento e Cleiton Gonçalves Martins, foram condenados por crimes de “inegável gravidade”, no qual as vítimas foram executadas, tendo como palco a disputa de roubo de gado e invasão de terras. Na época dos crimes, foi implantado o terror na região.
Entenda o caso
A organização criminosa, assim como a máfia, atuava de forma independente dentro do “tribunal do crime”. Conforme informações do MP, não havia chefe na organização criminosa denominada “Família”, haja vista que a chefia era exercida por uma “comissão” ou “conselho deliberativo” formado pelos membros mais poderosos que deliberam sobre os crimes violentos.
A corrupção e a violência eram características fundamentais da organização criminosa, conforme apuração do MP. “A quadrilha buscava nas alianças políticas meios que facilitavam a sua atuação”, relatou o MP.