Mesmo com a manutenção da isenção de impostos federais sobre os combustíveis, assinada pelo presidente Lula em uma das primeiras medidas após a posse, motoristas de Belo Horizonte já encontram a gasolina na casa de R$ 6.
Isso significa quase R$ 1 mais caro nas bombas em relação às últimas semanas.
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O MinasPetro, que representa os postos de combustíveis, alega que como a isenção se encerrou em 31 de dezembro e a Medida Provisória foi publicada em 2 de janeiro, os distribuidores que compraram combustível no dia 1º tiveram a inclusão dos tributos. O sindicato também justifica o aumento pela maior procura no fim de ano, quando muitas famílias viajam de carro. Quando o atual estoque se encerrar, os preços devem ceder.
O novo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede), classificou a medida como “armadilha” deixada pelo governo Bolsonaro. “Isso foi uma cilada deixada pelo governo sainte. Como tantas outras ciladas por eles deixadas. Vamos enfrentá-la, manter a desoneração, para manter estabilizado o preço dos combustíveis e posteriormente discutir a política de preços da Petrobrás. Não pode ter preço de combustível sacrificando os brasileiros”, afirmou.
Confira o comunicado completo do MinasPetro:
A manutenção da desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis, anunciada pelo novo governo, ainda não foi publicada no Diário Oficial da União. Os revendedores que adquiriram produtos nas bases a partir da 00 hora do dia 1° de janeiro, já têm estoques majorados pela incidência de PIS, Cofins e Cide.
Diante desse aumento de tributos, em sequência à perceptível alta do final de ano em função de repasse das distribuidoras pelo aumento da demanda, já observa-se postos carregados com estoques mais caros, estoques esses que podem durar por alguns dias.
É preciso ressaltar que os postos são substituídos tributários, ou seja, quando compram os combustíveis, o imposto já vem recolhido. Isso significa que os revendedores só conseguirão repassar o desconto tributário quando a companhia assim o fizer.
