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Procura por métodos contraceptivos mais que quadriplica em BH

O aumento dos últimos anos tem relação com mudanças promovidas pela pandemia

Gravidez na adolescência continua preocupar autoridades

A quantidade de pílula anticoncepcional injetável e DIU oferecida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aumentou nos últimos anos. De acordo com a administração municipal, em 2018, foram 36.488 unidades. Este ano, o número saltou para 182.418. Os dados parciais deste ano mostram que esse aumento é tendência que não será revertida em 2022.

De acordo com a coordenadora da atenção integral à saúde da mulher e perinatal da Secretaria de Saúde de BH, Cristiane Veiga, o aumento dos últimos anos tem relação com mudanças promovidas pela pandemia.

“Com a piora da situação socioeconômica do país, com o aumento da pobreza e com a orientação do Ministério da Saúde de que as mulheres evitassem a gravidez durante a pandemia, enquanto não tivesse vacina contra a Covid-19, houve uma procura maior pelos métodos contraceptivos. Então a gente notou um aumento considerável de todos os métodos mas, principalmente, do do anticoncepcional injetável”, explicou.

De acordo com a fonte da prefeitura, a maior preocupação é com a gravidez de adolescência em vulnerabilidade social.

“Ficou provado pela OMS que essas são as que têm o maior índice de gravidezes não planejadas e inoportunas. Então, nós temos um olhar diferenciado para essa população. Temos uma equipe multiprofissional de acesso para mulheres, gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade social justamente para que elas tenham um tratamento mais efetivo. E, em caso de gravidez, um acesso mais facilitado ao pré-natal e ao planejamento reprodutivo no pós-parto.”, explicou.

(com informações de Alessandra Mendes)

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