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Censo de Belo Horizonte espera identificar até 9 mil pessoas em situação de rua na capital

Coleta de dados começa nesta quarta-feira (19) nas regiões Centro-Sul e Leste

Número de moradores de rua cresce a cada dia em Belo Horizonte

Começa nesta quarta-feira (19) a coleta de informações para a elaboração do censo da população em situação de rua de Belo Horizonte, trabalho que será realizada pela prefeitura da capital em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os detalhes do levantamento foram apresentados pelo prefeito Fuad Noman (PSD) durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (18).

Será a quarta edição do censo, o segundo com UFMG. O objetivo, além de saber quantas pessoas vivem nas ruas de BH, é conhecer em quais condições elas estão e entender de que maneira elas podem ser auxiliadas.

A pesquisa vai até sexta-feira (21). Os responsáveis pela coleta de dados estarão identificados com crachás azuis e coletes verdes.

Fuad Noman lembrou que esse não é um problema exclusivo das capitais brasileiras, mas sim de todo o mundo, como Nova York e Los Angeles, cidades dos EUA que têm apresentado elevado número de novas pessoas em situação de rua. Fuad destacou que, mesmo com a redução de R$ 200 milhões prevista para 2023 em razão da queda da arrecadação do ICMS, a assistência social será umas das áreas priorizadas.

“Retirar R$ 200 milhões do nosso orçamento é um uma facada grande no nosso bolo orçamentário. Agora nós temos que priorizar políticas públicas. Temos que priorizar a assistência social, temos que priorizar a educação, temos que priorizar a saúde e temos que priorizar os problemas mais latentes da cidade. Então, a população de rua é extremamente carente de ações e políticas públicas. Nós não vamos reduzir os investimentos para essa área em hipótese nenhuma”, analisou o prefeito. “Vamos estudar onde é que nós podemos cortar”, completou.

“Sem dúvida nenhuma, o custo de não fazer a ação do morador de rua é muito maior do que o custo que nós teremos para fazer. Então, não tenho a menor dúvida que esse é o dinheiro mais bem gasto que a prefeitura terá nos próximos anos”, disse.

A última edição do censo ocorreu em 2013, quando o censo mostrou que 1827 pessoas viviam nas ruas da capital. A expectativa dos pesquisadores é encontrar no censo deste entre quatro a nove mil pessoas em situação de rua.

A coleta ocorrerá nos próximos três dias entre 10h e meia noite. A pesquisa começa nesta quarta-feira (19) nas regiões Centro-Sul e Leste. Quinta (20) outras regionais vão ser pesquisadas. Já sexta (21) vai ocorrer uma repescagem.