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Blocos de carnaval começam preparativos para folia de 2023

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nessa terça-feira (20), o edital de patrocínio para o Carnaval de 2023 e 2024

O bloco de carnaval de rua Unidos do Samba Queixinho nasceu em 2009

A Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) já está convocando os blocos para começarem a traçar os rumos do carnaval de 2023. Nesta quarta-feira (21), é a vez do tradicional Unidos do Samba Queixinho.

“Esta reunião é para a gente conversar, ver as necessidades de cada bloco e ver em que a prefeitura pode auxiliar. Então, inicialmente, a gente vai lá para ouvi-los , pra ver qual será o planejamento para o ano que vem”, explicou o mestre do bloco Gustavo Caetano.

O bloco de carnaval de rua Unidos do Samba Queixinho nasceu em 2009 e está com os preparativos a todo vapor desde o meio do ano passado.

“A gente está pensando em fazer uma bateria, como sempre, graciosa. A gente entende o samba queixinho como uma escola fundamental de ritmos brasileiros e por isso a gente trabalha o ano todo, não só para o Carnaval”, pontuou.

A sede do Unidos do Samba Queixinho ocupa um espaço anteriormente abandonado, que por muito tempo foi o endereço do Cine Odeon. O local foi reformado e virou espaço cultural. Lá, acontecem, todas as terças-feiras, a partir das 19 horas, as oficinas de música.

Em 2020, o bloco criou um samba enredo para homenagear o tradicional mercado de BH, que completava 90 anos. Desta vez, uma nova surpresa: “A nossa expectativa é chegar em torno de 200 pessoas para fazermos uma homenagem à Orquestra Filarmônica de Minas de Minas Gerais, que vai completar 15 anos ano que vem”, contou.

“É uma responsabilidade muito grande homenagear esse grupo e ao mesmo tempo é uma felicidade muito grande você poder juntar a cultura popular com a música erudita,” disse.

E quem tem interesse em integrar a bateria, pode se inscrever. “Ainda dá tempo de participar, mas pensando que tem gente que já tá fazendo as oficinas há um bom tempo. Os novatos e as novatas são super bem-vindos e bem-vindas.”

Sendo assim, a expectativa para o carnaval é a melhor possível. “Com muita alegria, muita positividade pensando que todos nós atravessamos esses tempos muito difíceis, né? Poder fazer este carnaval da retomada é mais uma vez trazer felicidade para o povo de Minas Gerais e para quem estiver aqui na cidade”, disse.

Entretanto, para fazer a festa acontecer é necessário recursos. “Esperamos um edital pra frente aí pra ajudar os blocos porque o custo para você botar um bloco na rua é muito alto”, disse no início da semana.

Recursos

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nessa terça-feira (20), o edital de patrocínio para o Carnaval de 2023 e 2024.

O lançamento da abertura do edital foi publicado no Diário Oficial do Município da capital. A captação dos recursos, de acordo com a publicação, será para viabilizar a “organização, execução, infraestrutura e pessoal especializado” além do “fornecimento de apoio logístico e ações promocionais”.

Segundo o presidente da Belotur, Gilberto Castro, a publicação do edital visa a “retomada da força do Carnaval de Belo Horizonte através de parcerias junto à iniciativa privada” e que o objetivo é “levar a alegria para as ruas, oferecendo aos foliões uma festa cada vez mais acessível e sustentável, com uma infraestrutura de qualidade, proporcionando conforto e segurança, e que estimule a participação de turistas e moradores da cidade”.

Podem participar do edital pessoas jurídicas de direito público ou privado, sendo de forma direta ou como “agência de captação”.

O patrocinador deve entregar uma Planilha de Itens de Estruturas e Serviços necessários para a operação do evento e o aporte financeiro mínimo aceito é de R$13,5 milhões, referente aos anos de 2023 e 2024. O critério de julgamento do edital será o de maior oferta de aporte financeiro em espécie.

O regulamento completo com as condições de participação pode ser acessado no Portal da Prefeitura de Belo Horizonte. (com informações de Mariana Cavalcanti)

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.