Passageiros são surpreendidos com a grave do metrô de Belo Horizonte iniciada nesta quinta-feira (25). Sem o serviço, muitos usuários são obrigados a pegar ônibus ou recorrer ao transporte por aplicativo. A greve dos metroviários não tem prazo para terminar.
Guilherme Augusto está entre os usuários surpreendidos. Ele estava na estação Central chamando um aplicativo após encontrar os portões fechados.
“Não estava sabendo mesmo da greve. Cheguei aqui de surpresa e vi o portão fechado. Não tem como pegar o metrô”, disse o trabalhador, reclamando também do preço do aplicativo. “Está mais caro que o normal”, apontou Guilherme, que tinha como destino o bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. ‘Nem sei onde vai pegar ônibus aqui. Chegaria mais atrasado ainda”.
A estudante de enfermagem Melissa Aleixo também não sabia da greve. “Fui pega desprevenida e agora vou ter que falar na faculdade. Infelizmente, perdi o dia”, diz Melissa, que é contra a privatização do metrô. “É com o nosso dinheiro que eles estão fazendo isso e, infelizmente, não vai melhorar. Pelo contrário, a tendência (do valor) da passagem é só aumentar e a qualidade do serviço diminuir”.
Privatização
Os metroviários decidiram pela greve após aprovação, com ressalvas, do modelo de privatização da CBTU proposto pelo governo.
Essa é a segunda greve no sistema só em 2022. Entre 21 de março e 1º de maio, o sistema foi interrompido pela categoria em luta pela defesa de aproximadamente 1,5 mil empregos, que temem serem extintos após a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais.
Reforço
Em razão da greve, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano – SINTRAM, informou que a partir desta quinta-feira (25) irá ampliar o ‘número de viagens e retomar as operações da linha emergencial E019 para atender os passageiros prejudicados pela greve anunciada pelos metroviários’.