A decisão da justiça permitindo que a mulher, condenada há 12 anos de prisão em regime fechado, por ter dado chumbinho a própria filha em Santa Luzia, recorra em liberdade, tem deixado familiares da vítima indignados.
Isabela Cristina Maia da Cruz Gonçalves, sentou no banco dos réus nessa semana. O conselho de sentença considerou Isabela culpada, e ela pegou uma pena de 12 anos em regime inicial fechado, mas, como Isabela respondeu todo o processo em liberdade, a juíza Arlete Aparecida da Silva Coura, titular da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais, concedeu a ela o direito de recorrer em liberdade.
Renato Gonçalves era companheiro da acusada, e é pai da criança, vítima do envenenamento por chumbinho, e conta que a filha sempre foi saudável.
“Ela (Isabela) envenenava a criança, fez isso várias vezes. A criança foi ao médico e não descobriram o que ela tinha. Ela esteve no Centro de Terapia Intensivo (CTI) em oito episódios. Ela sofreu bastante”, contou.
Para ele, a condenação sem a prisão, não veio como a família esperava. “Ela foi condenada. Mas, por outro lado, ainda fica um sentimento de impunidade porque ela ainda está solta. Ela vai prestar esse caminho todo do recurso em liberdade e a gente sabe que cabe vários recursos”, disse.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a acusada adoeceu a filha por, pelo menos, 8 vezes, entre os anos de 2013 e 2016. A criança, na época dos fatos, tinha entre 2 e 6 anos.
(com informações de Amanda Antunes)